Uma operação da Polícia Civil, prendeu ontem (1º/05), temporariamente, um soldado do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal suspeito de pagar R$ 40 mil à “máfia dos concursos” para ser aprovado na corporação.
Conforme as investigações, o então candidato antes do concurso do Corpo de Bombeiros, pagou R$40 mil para contar com a ajuda da máfia dos concursos para ingressar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2015.
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Na época, ele não foi aprovado ficando a quadrilha responsável em garantir a sua aprovação em outra seleção, a dos bombeiros, em 2017.
No curso das investigações, que levaram à cadeia os principais “cabeças” da organização criminosa, a ficha de inscrição do soldado preso, por determinação da justiça, foi encontrada em meio ao material apreendido pela polícia.
“A quantia de R$ 40 mil que o soldado admitiu ter negociado com a organização criminosa é o mesmo valor pago por diversos outros fraudadores já indiciados em outros inquéritos policiais da Draco por fraudes em concursos públicos”, disse o chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Adriano Valente.
O ato de prisão do soldado ocorreu em Taguatinga e contou com o apoio da Corregedoria do Corpo de Bombeiros.
A corporação militar informou que “está aguardando o andamento da investigação para adotar as medidas administrativas cabíveis ao caso”.
Como agia a máfia dos concursos, segundo a polícia:
O candidato usava ponto eletrônico para receber respostas de criminosos que faziam a prova e saíam antes do local com o gabarito;
Os funcionários de bancas organizadoras preenchiam as folhas de resposta do “cliente” segundo o gabarito oficial
Criminosos usavam documentos falsos para fazer a prova no lugar de inscritos.
Candidatos usavam um celular escondido no banheiro para receber as respostas.
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