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PM FAZ POLICIAMENTO OSTENSIVO NO TORORÓ COM AJUDA DO CONSELHO DE SEGURANÇA RECÉM CRIADO NO BAIRRO

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majorsousa1A rota de fuga criada pelas quadrilhas de bandidos,oriundas das cidades do Entorno, como Valparaíso e Cidade Ocidental,ambas do Goiás, que agem no Tororó e em outras regiões do DF,está com os dias contados. Foi o que anunciou ao Radar, o Major Sousa Junior, Comandante da Companhia Sul,responsável pelo Agrupamento de Policiamento Rural da Policia Militar do DF.

O grupo composto por 60 homens ficará baseado por uma semana, cumprindo o seu programa itinerante no Setor Habitacional Tororó. O comando itinerante funciona ao lado da Igreja de São Francisco de Assis, a mesma que já foi assaltada por duas vezes nos últimos 60 dias. A última vez ocorreu no dia 11/06.

majorsousaA rota de fuga criada pelas quadrilhas de bandidos,oriundas das cidades do Entorno, como Valparaíso e Cidade Ocidental,ambas do Goiás, que agem no Tororó e em outras regiões do DF,está com os dias contados. Foi o que anunciou ao Radar, o Major Sousa Junior, Comandante da Companhia Sul,responsável pelo Agrupamento de Policiamento Rural da Policia Militar do DF.

O grupo composto por 60 homens ficará baseado por uma semana, cumprindo o seu programa itinerante no Setor Habitacional Tororó. O comando itinerante funciona ao lado da Igreja de São Francisco de Assis, a mesma que já foi assaltada por duas vezes nos últimos 60 dias. A última vez ocorreu no dia 11/06.

Dois homens armados entraram na paróquia e renderam as 25 pessoas que assistiam a missa. Os assaltantes levaram carteiras e celulares das vítimas, quase todas com mais de 60 anos de idade.Do padre,levaram o celular e a carteira.

operacaotororoO fato foi lamentado em nota pelo arcebispo de Brasília, Dom Sérgio Rocha, que classificou o crime como “grave desrespeito ao templo e ao culto” e pediu às autoridades que a segurança pública “seja garantida” na região.

O Major Sousa Junior disse que a importante presença da policia na área,composta por 22 condomínios horizontais e centenas de chácaras, não tem apenas o caráter de policiamento preventivo, mas o de buscar a construção de uma nova consciência, que pretende dar ênfase ao Art. 144 da Constituição Federal, que estabelece que Segurança Pública é um dever do Estado e um direito de Todos.

O major Sousa Junior destacou como “importante” a recente criação do Conselho de Segurança do Tororó,composto por moradores do própriobairro, pela real possibilidade de se aflorar um debate entre a comunidade e os agentes de segurança acerca dos problemas locais.
Para o oficial PM, a criação do “CONSEG/TORORÓ” irá viabilizar a mediação de conflitos, propostas de soluções por quem mais conhece as dificuldades quotidianas, o monitoramento das atividades policiais, bem como a elaboração conjunta da política de segurança e de prevenção do crime na região.
“A partir da conjugação de esforços e do apoio da ação da sociedade civil organizada, será proposta uma nova forma de pensar a segurança pública, que depende, antes de tudo, da vontade sincera e consciente de cada indivíduo que integra a sociedade”, disse Sousa Junior.
A unidade que comanda é responsável pelo patrulhamento de uma extensa área compreendida pelo Gama, Santa Maria, Recanto das Emas e uma parte da Samambaia. No caso do Tororó, onde moram 10 mil pessoas, o major Sousa Junior destacou a falta de iluminação pública como um dos fatores complicadores para a boa Segurança Pública. “É um gargalo que facilita muito mais a ação dos bandidos do que a ação da própria polícia”, aponta o oficial da PM.

E não é apenas ele a ter essa opinião. O comando itinerante recebeu moradores, lideranças comunitárias, síndicos e comerciantes da região, que fizeram uma ampla exposição das dificuldades para quem mora ou tem negócios na região.

A permanente escuridão das vias do Setor Habitacional Tororó tem sido um dos maiores tormentos para os moradores. O comércio fecha suas portas antes das 18 horas, enquanto tem luz do sol. Quem fica mais tarde, ou paga segurança armada ou se arrisca a ser candidato a um assalto.

O índice de criminalidade na região não chega a ser contabilizado pela Secretaria de Segurança Pública, já que a maioria da população afetada se nega a registrar o fato na delegacia de polícia de Santa Maria, cidade distante 40 quilômetros do Tororó.

Diante desse quadro de informações, o Major Sousa Junior avalia que, em setores iluminados torna-se muito mais difícil a consumação de práticas delituosas. “A falta de iluminação, sem dúvida, complica o trabalho da polícia,impõeperigos aos seus policiais, bem como,em grau maior,à sociedade” disse.

Porém, ele destaca que tudo isso começa a ser resolvido a partir do momento em que a comunidade se organiza através do seu CONSEG, por ser este um instrumento valioso,que envolve a sociedade dentro do viés da segurança pública e da melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Sousa Junior explicou que uma viatura pode passar dez vezes numa rua, mas quem conhece aquela rua é o cidadão que mora ali e sabe da existência de uma boca de fumo, da passagem de pessoas desconhecidas e movimentações estranhas. Para ele, a participação da sociedade é de fundamental importância no processo de Segurança e no processo de mudança cultural da própria sociedade, que começa a enxergar, na Polícia,um parceiro e nãoum instrumento de repressão.

O oficial da PM também conclui que o Tororó fica muito distante de Santa Maria, regiãoà qual pertence. Ele apurou que grande parte dos casos que ocorrem no bairro termina ficando fora dasestatísticas por falta de registro em boletins de ocorrência. “Isso é muito ruim, já que a policia age em lugares com mais incidências de crimes. É importante registrar toda e qualquer ocorrência, das mais simples, sobre pequenos delitos, aos mais complexos e graves delitos”, explica.

Ele vê com bons olhos a iniciativa do CONSEG/TORORO de apresentar uma proposta ao Secretário de Segurança Publica,Paulo Roberto Batista de Oliveira, solicitando a criação de uma Delegacia de Polícia na área, ou que seja criado um instrumento para que se possa registrar o Termo Circunstanciadodas ocorrências no próprio posto da Polícia Militar existente na região.

Sousa Junior informou que o secretario de Segurança já chegou a se manifestar quanto a essa iniciativa para que o Policiamento Rural possa fazer o Termo Circunstanciado com o objetivo de informar sobre a mancha criminal com a notícia do delito. Essa iniciativa não seria uma ação exclusiva apenas do Tororó, mas de toda a área rural do Distrito Federal, que compreende em torno de 75% do território do DF, e cuja maioria das Delegacias de Polícia está instalada nas áreas urbanas, por causa da maior concentração populacional, longe das comunidades rurais.

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