O ASSUNTO É

DIRETOR-GERAL DA AGEFIS DIZ QUE DEPOIS DA COPA AS DERRUBADAS VÃO CONTINUAR E QUE A ORDEM VÊM DE CIMA. UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA PODE ACONTECER.

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AGEFISSem nenhuma cerimônia, o Diretor-Geral da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (AGEFIS), Gleiston Marcos D Paula, confirmou ontem, pela manhã, a um grupo de lideranças da região do Jardim Botânico e a uma deputada federal do PT, que haverá novas operações de derrubadas contra os condomínios após o término da Copa, que se encerra no dia 13 de julho.

A partir do dia seguinte, o aparato policial seria convocado para dar o apoio necessário no cumprimento da missão. Ele lamentou que tenha que executar uma ordem tão dura, que vêm de cima, e disse sentir no ar que pode haver a ocorrência de uma tragédia em grandes proporções.

AGEFISSem nenhuma cerimônia, o Diretor-Geral da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (AGEFIS), Gleiston Marcos D Paula, confirmou ontem, pela manhã, a um grupo de lideranças da região do Jardim Botânico e a uma deputada federal do PT, que haverá novas operações de derrubadas contra os condomínios após o término da Copa, que se encerra no dia 13 de julho.

A partir do dia seguinte, o aparato policial seria convocado para dar o apoio necessário no cumprimento da missão. Ele lamentou que tenha que executar uma ordem tão dura, que vêm de cima, e disse sentir no ar que pode haver a ocorrência de uma tragédia em grandes proporções.

Apesar de ser um mero cumpridor de ordens, no
derrubada11111entanto, Gleiston Marcos entende que a melhor solução para os condomínios já consolidados é a regularização dos parcelamentos e não a “erradicação” como recomenda o Ministério Publico e como determina os que mandam. Ele deixou claro, nas entrelinhas, não entender porque a opção da regularização é deixada para trás.

Gleiston Marcos D Paula é um homem acostumado a se deparar com as mazelas sociais deixadas para trás a cada uma dessas operações de derrubadas de moradias feitas pelo órgão que comanda, seja nos condomínios horizontais de área especificas ou nas ocupações de áreas de interesse social. O efeito é o mesmo, devastador.

Ele deixou transparecer que o que fica para trás é um grave dano social provocado pelo Estado, que prefere usar a força do que a vontade política para resolver uma questão que afeta milhares de pessoas que lutam em defesa de suas moradias. Só em condomínios em processo de regularização há 15, 20, 30 anos, moram cerca de 600 mil pessoas, ou seja: um terço da população do DF mora em condomínios não regularizados.

O que foi dito ontem em tom preocupante por Gleiston Marcos D Paula perante a presidente da AJAB, Viviane Fidélis, e diante da síndica Leda Cavalcante, do condomínio Estância Quintas da Alvorada, vai além dos efeitos maléficos que essas derrubadas produzem a uma família, sendo ela a principal atingida ou não. “Num momento como esse, todos se unem”, faz a leitura.

A premonição de uma tragédia ronda a cabeça do homem que se vê obrigado a cumprir ordens superiores. Ele não disse, mas deu a entender, que algo grave pode acontecer dentro dos parcelamentos em processo de regularização com as derrubadas programadas para ocorrer após a Copa do Mundo.

Nas últimas duas semanas, os fiscais dos órgãos do Governo estiveram nos condomínios Estância Quintas da Alvorada, Privê Morada Sul, Etapa C e Minichácaras realizando levantamento fotográficos de inúmeras casas, que entraram para a lista de imóveis que serão demolidos.

“Não irei deixar que derrubem a minha. A polícia de Agnelo vai ter que matar um homem pai de família, que vai resistir”, desabafou ontem um morador do Privê Morada Sul, Etapa C, ao ser informado de que a sua casa consta na lista de demolições no seu condomínio.

Ele contou ao Radar que adquiriu o seu lote há dez anos no Privê e esperou por todo esse tempo pela regularização do parcelamento, para então iniciar a construção de sua moradia. Sem poder mais continuar morando de aluguel e sem ter outra alternativa, o condômino resolveu arriscar tudo na construção de sua casa no início desse ano.

Como servidor público, tirou um empréstimo consignado de 20 mil reais e contraiu outras dívidas, e mesmo assim não deu para concluir a pequena obra. “Estou trabalhando só para pagar essas dívidas. Não vai restar nada mais pra mim e nem para a minha família, se derrubarem a minha casa. Não vou aceitar essa humilhação”, disse o morador, que teve a sua casa fotografada pelo Governo na semana passada.

O representante da AGEFIS não esconde o fato de que diante de cada investida de derrubadas realizada pelo Governo dentro desses parcelamentos, um sentimento de revolta e ódio se acumula no meio da população, que está cada vez mais organizada e se mobiliza rapidamente todas as vezes que a AGEFIS e a SEOPS formam os comboios para cumprir a missão. O que diz o Diretor -Geral da AGEFIS, é uma realidade.

O fator surpresa dos órgãos do Governo não é capaz de transpor o estado de vigília permanente das comunidades, que construíram planos de autodefesa. Desde o inicio do ano, a vigilância permanente virou rotina nas vidas de centenas de moradores dos condomínios da região do Jardim Botânico e do São Bartolomeu. Todos convivem com a síndrome do terror tocado pelo governo de Agnelo Queiroz. “Tem condômino correndo o risco de perder o emprego porque é obrigado a ficar em casa para proteger o que é seu”, relata a síndica Leda Cavalcante.

A insanidade do governo de Agnelo Queiroz está levando os moradores da região a se mobilizarem para uma grande carreata de protesto contra as derrubas de condomínios que será realizada após os jogos.

Em tempo: a deputada federal do PT, Érica Kokai, que acompanhava a AJAB, entrou muda e saiu calada da reunião.

A TRUCULÊNCIA DE AGNELO SÓ SERVE PARA DERRUBAR CASAS NOS CONDOMÍNIOS E NA ESTRUTURAL. NO LAGO SUL ELE FICA “PIANINHO”

orla2Para quem mora nos condomínios horizontais todos m processo de regularização, o governo de Agnelo Queiroz se arma de uma simples “recomendação” do Ministério Público para tocar o terror na derrubada de casas e outras benfeitorias.

Agora, quando a situação aponta para o Lago Sul onde mora o poder político econômico de Brasília, o mesmo governo se agacha e fica “pianinho” e chega a descumprir medidas judiciais para não derrubar os piers, rampas, muretas, churrasqueiras e puxadinhos dos magnatas que invadiram a Orla do Lago Paranoá.

Ontem, o Ministério Público do Distrito Federal enviou um requerimento para a Vara de Meio Ambiente solicitando que o governo do DF cumpra uma decisão judicial de 2011 para a desocupação da orla do Lago. Imóveis de alto padrão impedem a passagem de pessoas e uso da margem do lago. Por lei, as residências deveriam estar pelo menos 30 metros de distância da margem.

Agnelo diz que só vai se manifestar sobre a exigência após analisar o parecer do MP. O prazo pedido pelo Ministério Público é para que a remoção ocorra em 30 dias. Desde 2011 o GDF prorrogar os prazos e descumpre a decisão transitada em julgado.

Enquanto Agnelo trata os invasores da Orla do Paranoá com parcimônia e regalias, nos condomínios e contra a população pobre da Estrutural o governador age com truculência descomunal. Esquece Agnelo que a rica população do Lago Sul não dar para lhe reeleger. A vingança do povo está a caminho.

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