O Sol Nascente, comunidade surgida de uma invasão em área pública, conta hoje com cerca de 80 mil habitantes. Cresceu desordenadamente ao ponto de ser considerada a segunda maior favela do Brasil. A primeira é a Rocinha (RJ).
“Eles só esqueceram de dizer que aqui tem um governo que trabalha para melhorar a qualidade de vida e dar dignidade à população e isso em três anos de governo” , discursou no sábado passado, um governador eufórico para uma platéia ídem.
O Sol Nascente, comunidade surgida de uma invasão em área pública, conta hoje com cerca de 80 mil habitantes. Cresceu desordenadamente ao ponto de ser considerada a segunda maior favela do Brasil. A primeira é a Rocinha (RJ).
“Eles só esqueceram de dizer que aqui tem um governo que trabalha para melhorar a qualidade de vida e dar dignidade à população e isso em três anos de governo” , discursou no sábado passado, um governador eufórico para uma platéia ídem.
OPINIÃO DO RADAR
Nada contra o que ocorreu no Sol Nascente quando o governador Agnelo Quiroz resolveu dar as escritura aos moradores. Legalizou a invasão dando a todos, o direito a uma moradia segura e vai ainda investir cerca de R$ 400 milhões em infraestrutura.
Só que o tratamento dispensado por Agnelo deveria ser de forma equânima, ou seja, a todos. Principalmente aos que adquiriram seus lotes de boa-fé como é o caso dos mais de 600 mil moradores dos condomínios horizontais do Distrito Federal.
A décadas, esses moradores esperam incançavelmente na fila, por um ato do GDF que possa definitivamente lhes dar à segurança que merecem de morar tranquílos com as suas famílias.
Temos a absoluta convicção de que a atitude do governador em regularizar a situação dos humildes moradores do Sol Nascente, foi um ato justo e de grandeza, tão quanto seria um ato justo e grandioso se fizesse o mesmo gesto às milhares de famílias que moram em condomínios.
Afinal, todos somos pagadores de impostos. Paga-se impostos tanto no regularizado Sol Nascente, quanto no intranquílo Privê Morada Sul/ Etapa C, que já teve seu muro derrubado e sofre com a ameaça da remoção dos bloques de suas ruas e a derrubada de suas casas.
O governador deveria perceber que o direito a moradia deve ser respeitado por qualquer governante por ser, também, um direito humano.
AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA QUARTA-FEIRA NA CÂMARA LEGISLATIVA
A deputada Eliana Pedrosa disse que o processo de regularização dos condomínios horizontais do Distrito Federal só avançará se os moradores se mobilizarem para cobrar do GDF e dos órgãos criados para este fim, que enfrente o assunto de interesse de milhares de cidadãos.
“O GDF não pode mais ficar apenas no campo da promessa”, afirmou a distrital. A parlamentar afirma com toda convicção de que somente os moradores unidos podem pressionar o governo, para inibir as derrubadas empreendidas contra os condominios e exigir mais celeridade no processo de regularização.
Em atendimento aos apelos de síndicos, moradores e entidades que lutam pela regularização dos condomínios, Eliana Pedrosa tomou a iniciativa de realizar uma audiência pública, que ocorre nesta quarta-feira, 09/04, na Câmara Legislativa. Dirgentes do GDF estarão presentes. Os moradores, também.