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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Traição de fogo amigo no governo Ibaneis: Até tu, Damares?

Publicado em

A senadora Damares Alves, conhecida por sua atuação como pastora evangélica e ex-ministra de Jair Bolsonaro, parece ter abandonado qualquer tipo de coerência política ao se unir aos senadores Leila Barros e Izalci Lucas em uma cruzada contra a aquisição de ativos do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB).

Os três, em um movimento coordenado, assinaram um requerimento de autoria de Damares para que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado convoque os presidentes das duas instituições para esclarecer a transação.

A justificativa apresentada, que aponta supostos riscos financeiros, não consegue mascarar o que realmente está em jogo: uma articulação politiqueira movida por ambições eleitorais.

Damares, Leila e Izalci, que podem ser classificados como “encenadores da república” todos com os olhos voltados para o Palácio do Buriti em 2026, parecem dispostos a sacrificar a estabilidade econômica do Distrito Federal em nome de suas próprias agendas.

O que torna a postura de Damares particularmente questionável é o contexto de sua eleição em 2022.

Naquele pleito, a então candidata contou com o apoio declarado da vice-governadora Celina Leão (PP), que hoje é a pré-candidata ao governo do DF apoiada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).

Celina, com sua influência e capilaridade política, foi peça-chave e ajudou para que Damares conquistasse a vaga no Senado.

Agora, ao se juntar a Leila e Izalci, ambos figuras de oposição a Ibaneis e Celina, Damares dá sinais de ingratidão e oportunismo.

A senadora, que construiu sua imagem pública com discursos de valores éticos e conservadores, parece disposta a trair a confiança de aliados para pavimentar sua própria candidatura ao governo do DF.

Por trás do requerimento na Comissão de Assuntos Econômicos, o que se vê é uma clara tentativa de desestabilizar o governo Ibaneis, que apoia a operação do BRB como parte de uma estratégia de fortalecimento econômico do DF.

A aquisição de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Banco Master pelo BRB está sob análise do Banco Central, órgão responsável por avaliar a conformidade e a viabilidade de operações financeiras dessa natureza.

Como se vê, não ainda está consolidada a negociação entre BRB e Master, já que a corte de decisão é o Banco Central.

No campo judicial, a deputada petista Erika Kokay também tentou “melar”, mas o juiz Júlio Roberto dos Reis, ao analisar o pedido em recente decisão, destacou que o pedido de Kokay não estava respaldado por “prova robusta e idônea”.

Dá até para compreender as atitudes de Leila e Izalci dois políticos em fim de carreira.

No entanto, Damares surpreende negativamente ao embarcar nessa empreitada em um momento em que o DF precisa de união para enfrentar desafios econômicos e sociais.

A postura de Damares de optar pelo caminho da divisão do seu grupo político pode custar caro, tanto para ela quanto para a população.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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