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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Eleições de 2026 preocupam partidos do DF; e quem tem mandato, também

Publicado em

A um ano e meio das convenções partidárias para as eleições de 2026, os partidos políticos do Distrito Federal já enfrentam, até lá, enormes dificuldades para montar estratégias competitivas.

Com o fim de coligações para eleições proporcionais, cada legenda precisa atingir o coeficiente eleitoral por conta própria para garantir cadeiras na Câmara dos Deputados e na Câmara Legislativa.

Os parlamentares que almejam a reeleição enfrentam dificuldades, uma vez que necessitam de candidatos de menor expressão – conhecidos como “escadas” – para aumentar a votação da chapa.

Em 2022, o coeficiente eleitoral médio do Distrito Federal foi de aproximadamente 180 mil votos para eleger um deputado federal e 45 mil para eleger um distrital.

Partidos como Republicanos, MDB, PL e PT conseguiram superar essa barreira, elegendo representantes tanto na Câmara dos Deputados quanto na Distrital.

Já legendas, como o PP, PSB, União Brasil e PSD, conseguiram eleger candidatos para o legislativo local, enquanto o PDT e PSDB nem isso.

Outro desafio que se transformou em uma grande dor de cabeça para os dirigentes partidários é a obrigatoriedade de 30% de candidaturas femininas, dificultando a formação de chapas equilibradas.

A caça às mulheres virou uma corrida do ouro em garimpo com pouco minério.

Quem tem elas em seus quadros tem que tratar bem, oferecendo cargos renumerados,  para não perder.

Para não desaparecerem do cenário político do DF, os chamados “nanicos” procuram fusões e federações, como já ocorreu com PSDB/Solidariedade e PT/PV/PCdoB.

PSB, PDT, Solidariedade e Cidadania negociam a formação de uma nova federação. PP e Republicanos também podem se unir.

Muitos deputados distritais e federais, eleitos em 2022, começam a sentir dificuldades de se reeleger pelos mesmos partidos que ora estão. Não será fácil, por exemplo, para os seis deputados distritais do MDB.

Alguns estão no partido de Ibaneis Rocha por conveniência política pessoal, mas focados na janela partidária que ocorre entre março e abril do próximo ano para cair fora.

Quem surfou na onda da grande votação na eleição passada pode não repetir o mesmo feito na eleição futura.

Isso se deve ao fato de que, além da rejeição, alguns desses deputados pensam que apenas aparecerem nas redes sociais fazendo suas estripulias é o bastante para atrair a atenção do eleitor.

Alguns deles acreditam naquela máxima de que um raio pode cair por duas vezes no mesmo lugar.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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