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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Celina Leão, a pedra no sapato dos partidos de esquerda no DF

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Em uma reunião ocorrida na última segunda-feira (18), partidos de esquerda bateram cabeça na escolha de um nome para liderar a disputa pelo Buriti contra Celina Leão (PP), atual vice-governadora do DF e candidata natural à reeleição em 2026.

Apesar do discurso de “união”, o PT, PSB, Psol, PDT e PV, cada qual, puxa brasa para a sua sardinha quando o assunto é quem tem condições, entre eles, de encabeçar a chapa majoritária na disputa pelo Buriti.

A senadora pedetista Leila do Vôlei, que disputou o cargo de governadora em 2022, não sabe se disputará a reeleição ao Senado, diante das dificuldades que se desenha no cenário ou se lançará uma candidatura a deputada federal, o que seria uma alternativa para tentar continuar na política.

É que, desta vez, está difícil enfrentar pesos pesados ​​como Ibaneis Rocha (MDB), que vai disputar uma das duas vagas do Senado, e outros nomes prováveis, como o de Michele Bolsonaro (PL), que também pode disputar a outra com reais chances de vencer.

No PSB, o ex-governador Rodrigo Rollemberg também está cheio de dúvidas se entra na disputa pelo Buriti ou se tentará novamente uma cadeira na Câmara Federal, abrindo espaço para uma candidatura “faz de conta” do forasteiro Ricardo Cappelli ao governo do DF.

O ex-número 2 do ex-ministro Flávio Dino, que exerceu a função de interventor da Segurança Pública do DF por 17 dias, acredita que isso tenha sido suficiente para que o povo brasiliense o escolha como mandatário do Palácio do Buriti. Vai vendo.

Voltando a Rollemberg, presente na reunião da última segunda-feira, sua indecisão de concorrer ao GDF se traduz em medo de enfrentar Celina Leão e de não conseguir recuperar seu poder político, perdido em 2018, após uma derrota fragorosa resultante de uma gestão desastrosa e avaliado como o pior governo da história do DF.

Até recentemente, Rollemberg contava que podia respirar de forma mais confortável se conseguisse ganhar um mandato de deputado federal na vaga de Gilvan Máximo (Republicanos). Mas não foi isso, que aconteceu, entenda.

O sonho foi interrompido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao decidir derrubar as  regras para distribuição das chamadas sobras eleitorais para cálculo das vagas na Câmara dos Deputados.

A maioria dos ministros votou para manter no cargo sete deputados eleitos em 2022, que seriam substituídos por parlamentares que não foram eleitos, incluíndo Rollemberg.

A decisão da Corte será aplicada somente a partir das próximas eleições.

No PT, o nome para liderar essa frente partidária de esquerda no DF seria a deputada federal Erika Kokay.

O problema é que Erika sofre exclusão de pessoas do próprio partido dela e da maioria das correntes petistas que se digladia em balaios de gatos.

É claro que a deputada, que está no quarto mandato de deputada federal, não confia na companheirada e nem quer correr o risco de ser “bucha de canhão” em 2026, encabeçando uma chapa majoritária ao governo do DF.

Já o inelegível Leandro Grass, do PV, candidato derrotado em 2022 ao Buriti, foi uma história a parte durante a reunião dos partidos de esquerda.

Restou a ele apenas tapinhas de consolo nas costas. No entanto, há informação que ele vai recorrer  às instâncias superiores para tentar derrubar a decisão colegiada do TRE-DF que o condenou à inelegibilidade.

Por enquanto, o inelegível Leandro Grass segue condenado e proibido de disputar eleições por oito anos, por produzir uma campanha recheada de mentiras contra seus adversários na eleição passada.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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