O grupo liderado pelo ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), entrou na contagem regressiva para as eleições de 2022 com um projeto claro de apoiar a senadora Leila do Vólei (PSB) ou mesmo o senador José Antonio Reguffe (Podemos) na disputa pelo Buriti.
Na avaliação dos socialistas não há nenhuma hipótese de o ex-governador bater chapa novamente contra o atual governador Ibaneis Rocha (MDB). O próprio ex-governador tem confidenciado isso.
Em 2018, Rollemberg disputou o segundo turno das eleições e foi derrotado fragorosamente por Ibaneis, um novato na política que iniciou com 2% e venceu folgado a disputa pelo Buriti.
Rollemberg alcançou apenas 13,94% ou 210.510 dos votos válidos no segundo turno das eleições, enquanto o seu oponente Ibaneis Rocha obteve 634.008, o que correspondeu 41,97% dos votos válidos.
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Três anos após o embate da última eleição, o cenário continua sendo desanimador para o ex-governador Rodrigo Rollemberg que nutria até outro dia o desejo da revanche.
Um político profissional que já foi distrital, deputado federal, senador e governador com a habilidade de Rodrigo Sobral Rollemberg, não corre o risco de ser derrotado pela segunda vez ao mesmo cargo, e pelo mesmo adversário.
Rollemberg deverá escolher outro caminho, segundo seus aliados: o de candidato a deputado federal.
Veja um dos recortes de uma pesquisa que o RadarDF teve acesso:
Ibaneis continua voando alto com 54% de aprovação do seu governo, segundo um levantamento feito pela Exata Opinião Pública no final do ano passado.
Esse foi o mesmo percentual obtido pelo emedebista, um mês após a sua posse em janeiro de 2019.
Aliados do ex-governador dizem que o PSB, que vem acompanhando atentamente o cenário político do DF, deve botar para o aquecimento a senadora Leila do Vólei (PSB).
“No caso de Leila, se perder a corrida pelo Buriti não sofrerá nenhum prejuízo, já que está na zona de conforto da metade do seu mandato que terminará só em 2024”, explicou ao RadarDF um socialista de carteirinha.
Outra possibilidade é apoiar para governador o senador José Antônio Machado Reguffe (Podemos), cujo mandato termina em 2022.
Não se tem muita informação se o senador está ou não interessado em se submeter a morte súbita eleitoral carregando o pesado fardo socialista.
Até onde é sabido, Reguffe carrega um dilema: não sabe se é melhor para ele disputar a reeleição como senador ou disputar uma das oito vagas da Câmara Federal, seguindo o mesmo caminho de Rollemberg.
A pouco menos de dois anos, para ocorrerem as eleições, o senador pouco tem se manifestado, de forma clara, sobre o seu futuro político.
Como senador sem partido, que ficou por quase todo o mandato, a atuação de Reguffe nos debates das comissões permanentes do Senado foi pífia.
Os adversários e até mesmo os mais próximos a ele, cochichavam que o DF tinha um senador a menos.
A promessa de Reguffe de acabar com os impostos sobre os preços dos medicamentos, até hoje não foi concretizada.
O projeto que iniciou com ele quando foi deputado distrital; que levou para Câmara como deputado federal e em seguida levou a mesma proposta para o Senado, continua sendo apenas um projeto de lei na vala comum do Congresso Nacional.
Daí a cautela de Reguffe para não dar um passo maior que as pernas.
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