Os 24 policiais militares feridos durante a manifestação do último dia 24 de maio foram homenageados na manhã desta quarta-feira (7), no Quartel do Comando-Geral da PMDF. A solenidade ocorreu em reconhecimento ao serviço de todos os policiais militares do DF, que não recuaram mesmo diante de uma situação tão crítica. “Este é um dever de Justiça pelos serviços prestados. Militares honrados que não mediram esforços para cumprir a missão e garantirem o Estado Democrático de Direito”, afirmou o Secretário de Segurança e Paz Social do DF, Edval de Oliveira Novaes Júnior.
Em seu discurso o Secretário elogiou a atuação dos policiais diante da situação que a tropa da PMDF estava enfrentando. “Brasília teve sua ordem pública gravemente combalida e o reconhecimento do Estado é justamente pela forma correta que os policiais desempenharam suas funções”, ressaltou.
O Comandante-geral da PMDF, coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, lembrou a atividade do dia-a-dia dos policiais militares. “Todos aqueles que atuaram na manifestação nos honram não só por este momento, mas todos os dias em razão da forma com que atuam no Distrito Federal há 57 anos. Além dos nossos deveres nas unidades de área, garantimos a segurança na Esplanada dos Ministérios, sempre que necessário. A nossa atuação garantiu a sessão legislativa no Congresso Nacional, que não foi interrompida em momento algum”, ressaltou o coronel. Apenas cinco policiais não compareceram a cerimônia devido as suas condições de saúde, porém todos foram lembrados na solenidade.
Heróis
O Chefe da Casa Militar, coronel Cláudio Ribas de Sousa, elogiou a dedicação dos policiais na manifestação. “O fato deles terem se empenhado e não exitarem em cumprir a missão é que deve servir de exemplo para todos”, lembrou o coronel Ribas. O soldado Eduardo Santos de Barros, do 6º Batalhão, foi um dos policiais vitimados durante a manifestação. Ele agradeceu a homenagem feita pelo Comando da PMDF e pela SSP/DF.
“É estimulante este reconhecimento, principalmente pelo estado crítico que nos encontrávamos naquele dia”, afirmou o soldado que completou. “Podemos ser feridos, mas nunca quebraremos”. O soldado Barros está fazendo uma série de exames para verificar o risco da perda da audição. Um rojão explodiu próximo a ele e o policial sofreu danos na membrana timpânica.
Outro ferido na manifestação, o cabo Rodrigo Dias Carvalho, do BPChoque, também assegurou que vai continuar com afinco nas missões. “Vou seguir sempre atento e agindo de acordo com as doutrinas de emprego policial para que tudo sempre ocorra da melhor maneira possível”. O cabo Carvalho teve queimaduras de 2ºgrau nas pernas, decorrentes de rojões disparados contra a linha de policiais militares.
