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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Valparaíso: Candidato de Mossoró, que destruiu a cidade, vira “Maldita Geni”

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Marcus Vinicius, mais conhecido como “Cinquentinha”, ex-secretário de Obras e candidato oficial do atual prefeito Pábio Mossoró, enfrenta uma drástica queda na sua avaliação popular.

Na última pesquisa  realizada pelo Instituto Phoenix, registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás sob o número 09136/2024, Cinquentinha aparece com apenas 7,7% de intensão de votos, uma queda de mais de 6% em relação a um levantamento anterior.

Essa queda é atribuída, principalmente, à sua gestão à frente da Secretaria de Obras nos últimos quatro anos, marcada por inúmeras críticas e problemas, como as buraqueiras nas ruas e avenidas da cidade.

Durante o período de chuvas fortes, bairros como Céu Azul e Setor Anhanguera foram severamente afetados por enxurradas devido ao abandono das vias, além de obras de drenagem inacabadas, deixando milhares de famílias em situações de calamidade.

Uma investigação em curso, conduzida pelo Tribunal de Contas de Goiás e pelo Tribunal de Contas da União, além do Ministerio Público, aponta irregularidades no contrato licitatório nº 100.140/2022, chancelado pelo prefeito Pábio Mossoró.

O nebuloso contrato, que envolvia o chamado “Consórcio Anhanguera”, formado pelas empresas NM LTDA e Apt Assessoria Projetos e Tecnologia, foi firmado um mês antes da constituição oficial do tal consórcio, o que levantou suspeitas de fraude.

Um  financiamento para essas obras, na ordem de R$70 milhões, foi obtido junto ao Banco do Brasil.

Contudo, após a devastação causada pelas chuvas, em maio do ano passado, a empresa responsável pela execução dos serviços tomou doril após receber R$14 milhões, segundo uma denúncia enviada à Ouvidoria do Ministério Público de Contas de Goiás. Relembre aqui.

A situação agora se reflete negativamente contra o ex-secretário de Obras Marcus Vinicius, vulgo Cinquentinha, e contra o atual prefeito Pábio Mossoró, que se encontra no último mandato.

Enquanto o candidato de Mossoró desce de ladeira abaixo, o prefeito enfrenta uma rejeição popular de 70%.

Com a proximidade do fim de seu mandato, Mossoró busca desesperadamente por uma tábua de salvação para se manter ao poder.

As apostas da oposição é de que ele sairá no dia 1 de janeiro do próximo ano pelas portas do fundo, e ainda terá que responder por supostos casos de corrupção.

A única saída para isso não acontecer, segundo alguns de seus apoiadores, é tentar eleger alguém que siva de “laranja” e de guarda-chuva para se manter na política até 2026. Ele quer ser federal.

Mossoró não descarta a possibilidade de abandonar Cinquentinha na rua da amargura.

Fontes internas sugerem que ele está considerando a deputada estadual Zeli Fritsche como candidata à sucessão, uma escolha que já gera divisões dentro do grupo político.

O próprio Cinquentinha já disse a correligionários que não aceita ser trocado no andar da carruagem.

Raciocina ser uma humilhação e prejuízo do que já torrou nesta pré-campanha, além de servir como saco de pancadas desferidos pela população devido à má-gestão do atual prefeito.

Zeli, que foi vice-prefeita no primeiro mandato de Mossoró, também enfrenta uma rejeição considerável, agravada por passar mais tempo em Goaiânia do que em Valparaíso.

“Ela sumiu”, afirmam lideranças populares, antes ligadas a parlamentar e agora alinhadas em torno de outros projetos políticos nas eleições desse ano.

A crítica contra Zeli tem motivos óbvios: além de esquecer compromissos com quem lhe ajudou a subir a escada, a parlamentar pouco ajuda com recursos de emendas o município carente de saúde, de educação e sem mobilidade urbana.

Ela tem destinado parte do dinheiro de emendas para outros municípios do Entorno, uma estratégia para ampliar a sua base.

“Ninguém sabe como será o amanhã”, costuma confidenciar aos mais próximos. Ou seja: Valparaíso, já deu.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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