Radar Político/Opinião DIREITO DE RESPOSTA

Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Se o MDB foi protagonista de 2018 e 2022, o PP deve protagonizar 2026

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O resultado do 1º turno das eleições no Distrito Federal mudou radicalmente o cenário político de 2026. Novos nomes surgiram e devem disputar a majoritária da próxima eleição.

Faltando ainda 74 dias para 1º de janeiro, de 2023, data para a instalação do novo governo, do reeleito Ibaneis Rocha(MDB), a única certeza, até agora, é que a vice-governadora eleita, Celina leão (PP), será a candidata natural a reeleição na disputa pelo Buriti, em 2026.

De acordo com a regra eleitoral, a vice deve virar governadora do DF, caso o governador Ibaneis decida mesmo disputar uma das duas vagas do Senado, caminho natural de todo governante em final de um segundo mandato. 

Se em 2018 e 2022 o MDB de Ibaneis Rocha, protagonizou a cena, provocando mudanças radicais ao enterrar nomes da política tradicional do DF, em 2026 pode ser a vez do Partido Progressista, sob o comando de Celina Leão, a dominar o cenário para continuar comandando o Buriti.

Pelo menos, o caminho da “Leoa” está mais limpo, sem a presença das velhas e manjadas raposas, já nem tanto felpudas. Algumas foram soterradas no curso da campanha e outras tragadas pelos resultados das urnas.

Personagens carimbados como José Roberto Arruda, Rodrigo Rollemberg, José Antonio Reguffe, Paulo Octávio, Agnelo Queiroz e de quebra, Tadeu Filippelli estão praticamente banidos,  após quase 30 anos na aba do poder.

Dos novos nomes que surgiram em meio a disputa eleitoral do último dia 2 de outubro, certamente Celina Leão terá como adversária mais visível, a atual senadora eleita Damares Alves (Republicanos).

Em 2026, a bolsonarista estará no meio do mandato e já tem gente colocando pilha que ela pode disputar o Buriti.

A primeira-dama Michelle Bolsonaro ou a deputada federal reeleita Bia Kicis, também podem ser as opções do PL pela disputa majoritária no DF.

Os que são hoje aliados, amanhã podem não ser.

Celina faz parte de um grupo de mulheres, lideradas por Michelle Bolsonaro e por Damares Alves, a percorrer o país na luta pela reeleição do presidente da República.

Tanto quanto Michelle e Damares, Celina se transformou numa bolsonarista fiel.

No entanto, nos bastidores do Republicanos, que seguirá na base do próximo governo de Ibaneis Rocha/Celina, já flui, desde agora, a conversa de lançar a ex-ministra Damares ao Buriti na eleição de 2026.

Tanto a vice-governadora eleita quanto o próprio governador reeleito, sabem que o Republicanos local, partido de Damares, é “camaleão” acostumado a mudar de cor, que adula e serve ao poder –e dele se serve– qualquer que seja o titular na cadeira do Buriti.

Só para refrescar a memória, na fase da pré-campanha, o partido da Igreja Universal, mesmo com três Secretarias de Estado e três Administrações Regionais do governo Ibaneis, chegou a pular a cerca  com vários adversários do governador, ao mesmo tempo. 

Outra conversa de bastidores, é que Michelle, que apoiou Damares para o Senado, estaria focada para disputar o pleito eleitoral de 2026 pelo Distrito Federal.

A mulher do presidente está filiada ao Partido Liberal desde maio desse ano e a legenda não descarta a possibilidade de lançar Michelle Bolsonaro ao Buriti e Bia Kicis ao Senado, ou vice e versa.

Como se vê, a política é dinâmica. Saíram de cena muitas raposas sem dentes e surgem outras prontas para continuar tomando conta do galinheiro.

O caminho para 2026 é curto e está bem ali. Vencerá quem tiver mais garras e determinação. 

*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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