Quando a porteira se abre, centenas de pessoas correm desesperadas para pegar uma senha em número limitado se quiser ser atendida no hospital de Base de Brasília. É um horror
cena se tornou comum. Centenas de cidadãos brasileenses que correm aos atropelos para pegar uma senha de marcação de consulta, revela a deprimente situação que foi transformada o Hospital de Base de Brasília e a profundidade do abismo que foi jogado o Sistema de Saúde do Distrito Federal. A situação do maior hospital de referência de Brasília é calamitosa para quem trabalha e para que busca o atendimento hospitalar da rede pública.
Na semana passada a Secretaria de Saúde do Distrito Federal decidiu transferir para a rede pública de Goiás, 90 pacientes que aguardavam cirurgias para implantar próteses no quadril. O governo do DF não conseguiu comprar os materiais no ano passado, alegando a falta de dinheiro.
Em maio de 2015, a Secretaria de Saúde “encontrou” próteses, pinos, parafusos e marcapassos hospitalares armazenados em hospitais da rede pública. O material era suficiente para 50 anos de abastecimento, mas estava mal armazenado e perto do prazo de validade.
Em depoimento à CPI da Saúde da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o médico-cirurgião Pedro Paniago afirmou nesta quarta-feira (9) que o Hospital de Base está sem fazer cirurgias cardíacas de grande porte há oito meses no por falta de material para os procedimentos. Com demanda de até cinco cirurgias por semana, o centro era o único da Secretaria de Saúde a realizar cirurgias do tipo, afirmou o profissional.
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