Radar/Opinião

O ASSUNTO É

Jovens frequentadores das baladas clandestinas, começam a lotar as UTIs do DF

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A nova onda da covid 19 no Distrito Federal, mudou radicalmente o perfil dos pacientes graves que gradativamente ocupam, em maior número, os leitos de UTIs dos hospitais públicos e privados do DF. 

Ao contrário do que ocorreu no início da  pandemia, quando os idosos eram os mais afetados, agora o coronavírus atinge os mais jovens na faixa etária de 18 anos a 45, por desafiarem a doença nas aglomerações das baladas clandestinas.

A situação é tão grave que levou os profissionais de saúde dos hospitais regionais de Ceilândia, Asa Norte e Samambaia  a criarem frases de impactos como: “Na balada sempre cabe mais um. Na UTI não!”.

A Secretaria de Saúde alerta, em suas páginas na internet, que medidas consideradas como “duras” são necessárias num momento em que o DF está com alta taxa de transmissibilidade do coronavírus, de 1,28.

Isso significa que 100 pessoas transmitem o vírus para outros 128, futuros pacientes entubados.

Nesta segunda-feira (15), às 14:48 horas, a sala de situação que monitora o avanço da covid no DF, apontou 288 pessoas em situação grave de saúde, esperando a desocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), ocupadas por alguns que podem sair com vida e por outros que podem desocupar por óbitos.

A dramática situação levou o  médico emergencista do Hospital Regional do Gama (HRG), Leonardo Coelho, a gravar um vídeo em que conta a realidade dos profissionais que atuam na linha de frente da batalha contra a covid.

Ele relata que o DF está diante de um perfil muito diferente do grupo de pessoas infectadas, entre junho a agosto do ano passado, composto por idosos. Veja o vídeo:

 

Se por um lado a vacinação contra covid está resultando, mesmo em que pequena proporção, na queda de infecção de idosos, principalmente, os mais de 80 anos, por outro, as baladas clandestinas, princialmente as ocorridas durante as festas de fim de ano e do carnaval, ajudaram a alavancar o avanço da pandemia e colocar o sistema de saúde da capital a beira do colapso.

O reflexo da tragédia anunciada, obrigou o GDF tomar medidas duras de restrição, que apesar de afetar a economia, foram as  alternativas para que não tenhamos corpos empilhados em contêiners a espera de aberturas de covas coletivas nos cemitérios da cidade.

 

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