A 18 dias que faltam para as eleições do dia 2 de outubro, Paulo Octávio(PSD), candidato ao GDF, resolveu fazer promessas mirabolantes e inviáveis, que não se encontram no seu plano de governo, o que beira a um “estelionato eleitoral”.
Em uma sabatina realizada pelo CBN/Globo/Valor Econômico, ocorrida nesta quarta-feira (14), PO prometeu, caso se eleja, implantar o transporte gratuito aos mais de 3 milhões de brasilienses.
Como político, desde 1990, o empresário Paulo Octávio, um dos homens mais ricos da capital federal, nunca precisou, na vida, usar o transportes coletivo, como fez na manhã calorenta de ontem(14).
O candidato subiu com seus apoiadores no “busão” no Sol Nascente, onde pedia voto, e desceu em Ceilândia, reclamando da falta de ar condicionado, acessório que não falta no seu carro de luxo.
Na sabatina da CBN, PO prometeu, de pés juntos, caso se eleja governador, colocar ônibus de graça com ar condicionado e internet para todos.
Não nos sete primeiros dias do seu governo, em que prometeu deixar a rodoviária do Plano Piloto, um brinco.
Fez uma ressalva: o povo, no seu governo, terá ônibus de graça, só mesmo em 2024. Como assim, candidato?
Segundo ele, precisaria fazer ainda um estudo para transformar o sistema de transportes público do DF no mesmo modelo de Maricá(RJ).
A pequena Maricá, município do Estado do Rio, segundo o último censo(2021), tem apenas 167.668 habitantes.
Só Ceilândia, uma das 33 cidades do Distrito Federal, tem 500 mil habitantes, ou seja, três vezes mais do que a população de Maricá que oferece transportes de graças a seus habitantes.
Aqui, o transporte coletivo possui uma cobertura geográfica que atinge todo o Distrito Federal, para atender a demanda de mais de 26 milhões/mês de passageiros.
Um custo operacional altíssimo, em que o governo tem a obrigação de oferecer contrapartida, instrumento criado pela gestão petista de Agnelo Queiroz.
O engraçado em tudo isso, é que PO já foi senador, vice-governador, governador do DF e não fez antes o que diz fazer hoje, caso se eleja ao Buriti.
Definitivamente, candidato, o melhoramento do transporte público não pode ser tratado na base de promessas desesperadas apenas para a cata do voto.
Uma coisa é um candidato trazer a público seu plano de governo, e de onde sairão as receitas para executá-lo.
Outra coisa, é fazer promessas para boi dormir apenas para tentar engabelar o eleitor, nesse curto período que falta para o pleito eleitoral. Ora, me compre um bode, PO!
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF