Na última terça-feira (17), o ex-governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) dançou que nem pinto no lixo”, ao receber a entrega de seu diploma de deputado federal pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF).
A certificação é resultado de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) nº 7.228-ED e 7.263-ED, que redefiniram a distribuição das sobras eleitorais, garantindo a Rollemberg uma vaga na Câmara dos Deputados.
Por meio de suas redes sociais, Rollemberg deu a entender que assumiria o cargo imediatamente após a comunicação do STF, prevista inicialmente para o dia 24 de junho.
Neste dia, o STF deve comunicar oficialmente os nomes dos sete novos deputados, entre eles o de Rollemberg à Câmara, pode não ocorrer tão rápido quanto o ex-governador espera. O processo legislativo promete se estender um pouco mais.
A Câmara dos Deputados deve encaminhar a decisão do STF para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Advogados dos sete deputados que perderão suas vagas acreditam que o presidente da Casa, Hugo Mota (Republicanos-PB), pode submeter a medida à votação em plenário, o que adiaria ainda mais a posse.
Caso isso ocorra, Rollemberg, que deve substituir o deputado Gilvan Máximo (Republicanos), terá que esperar pelo menos até o fim do recesso parlamentar, previsto para iniciar na primeira semana de julho e se estender até agosto.
Quem é Rodrigo Rollemberg?
Rodrigo Rollemberg, filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), governou o Distrito Federal entre 2014 e 2018.
Sua gestão, no entanto, é frequentemente lembrada de forma negativa.
Em 2018, Rollemberg amargou uma derrota vergonhosa nas urnas para Ibaneis Rocha (MDB), então um candidato pouco conhecido, na disputa pelo Palácio do Buriti.
A administração de Rollemberg foi marcada por críticas de todos os setores da população e até de aliados, sendo considerada por muitos como a do “pior governador da história do Distrito Federal”.
Problemas como a falta de investimentos em infraestrutura, dificuldades na gestão da saúde e da educação, greves de servidores públicos, além da derrubada de templos religiosos e de casas de moradores de condomínios, mancharam sua passagem pelo governo local.
Rodrigo Rollemberg pode voltar definitivamente ao seu lugar de legislador, como político que já ocupou os cargos de deputado distrital, federal e senador.
No entanto, sua gestão como governador foi um desastre, uma experiência que o Distrito Federal não deseja repetir nunca mais.