Ainda nem bem chegou ao Republicanos, legenda que se filiará na próxima segunda-feira (28), no entanto, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, foi exposta pelo presidente da legenda local, Wanderley Tavares, como um produto a ser “negociado”.
Tavares declarou ao colunista Ricardo Noblat, do Metrópoles, na tarde de ontem, que o seu partido já definiu que a ministra irá disputar uma vaga para o Senado, na chapa de apoio ao governador Ibaneis Rocha (MDB).
Disse ainda que se a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL) quiser disputar o mesmo cargo, ao lado de Ibaneis, aí, terá que sentar e conversar.
As declarações de Wanderley Tavares causaram desconforto e constragimentos às duas ministras bolsonaristas e até mesmo entre os próprios filiados do partido, como o deputado federal Júlio César e Gilvan Máximo, secretário de Ciência e Tecnologia do DF. Esses dois são candidatos à Câmara Federal.
Desde o ano passado, o nome de Flávia Arruda já é tido como certo para disputar a vaga do Senado na aliança partidária de sustentação a reeleição do governador.
Tavares sabe que a escolha de nomes para preencher as vagas principais de uma chapa majoritária, é prerrogativa de quem a lidera. No caso da de Ibaneis, é o próprio governador.
Por trás da insistência do dirigente do partido da Igreja Universal, de usar o nome da ministra Damares, como “mercadoria política”, sem o consentimento dela, tem outros objetivos a perder de vista.
Um deles, é o sonho de consumo de Wanderley Tavares, deste a eleição passada, quando o saudoso médico Jofran Frejat (PL), era o favorito na corrida pelo Buriti, que é o de tentar emplacar o seu irmão, o pastor Egmar Tavares, como vice-governador.
Não deu pé em 2018 e certamente não dará em 2022.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Quer saber mais sobre política do DF? Clique aqui