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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Prefeito de Valparaiso deixará herança maldita e cidade arrasada

Publicado em

Faltando menos de 11 meses para o término de seu mandato como prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró enfrenta uma situação delicada.

A cidade está imersa em problemas financeiros e com ruas repletas de buracos.

Mossoró, cujo mandato se encerra em 1º de janeiro do próximo ano, já percebe antecipadamente o prejuízo eleitoral provocado pela herança maldita que se projeta sobre a contabilidade financeira do município.

Os políticos, inclusive aqueles que juravam lealdade absoluta ao prefeito, já reconhecem que é desvantajoso continuar ao lado de Mossoró ou se envolver no seu projeto fracassado de sucessão.

O isolamento político de Mossoró torna-se evidente neste início de ano, enquanto o cenário político se agita em torno das eleições municipais que ocorrerão em outubro.

Ao entrar em conflito com o governador Caiado, que em 2020 foi seu principal apoiador para a reeleição, o prefeito de Valparaíso de Goiás começa a experimentar o sentimento de desprezo e abandono de final de mandato.

Ronaldo Caiado, apesar de ter compromissos em 2026 com a reeleição de seu vice-governador, Daniel Vilela, atual presidente do MDB – mesmo partido de Mossoró –, não demonstra interesse em apoiar o candidato do prefeito de Valparaíso, assim como o de Fabio Correa na Cidade Ocidental.

Para a maioria dos apoiadores de Caiado em Valparaíso de Goiás, o prefeito Pábio Mossoró tornou-se uma espécie de “leproso político”: ninguém quer chegar perto.

Sem o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, Mossoró está ciente de que não conseguirá eleger seu sucessor sozinho, depositando suas esperanças em seu secretário de Infraestrutura, Marcos Vinicius, conhecido como “Cinquentinha”.

Durante oito anos de má gestão, o grupo político de Mossoró enriqueceu significativamente, enquanto a cidade acumulava dívidas.

O deputado federal Célio Silveira afirma ter destinado mais de R$40 milhões em emendas para pavimentação asfáltica na cidade, mas as ruas permanecem esburacadas e remendadas.

A deputada federal Leda Borges também destinou recursos de suas emendas para Valparaíso.

Entretanto, uma grande parte dos recursos que seriam utilizados para melhorar a saúde, a educação e a infraestrutura da cidade foi desperdiçada, pois Mossoró se declarou inimigo político da parlamentar, que já foi prefeita do município.

A população, afetada pelos buracos nas ruas e pela falta de estrutura hospitalar, que a obriga a buscar atendimento no DF, não suporta mais ser prejudicada pela incompetência administrativa municipal e pela arrogância política de Mossoró, que aumentou seu patrimônio nos últimos oito anos. Mas isso é uma outra história.

O secretário de Infraestrutura, Cinquentinha, cujo apelido surgiu durante um processo judicial por compra de votos no valor de 50 reais em 2013, não consegue explicar o uso dos recursos destinados à pavimentação e drenagem do Setor Habitacional Anhanguera. Há anos, as obras estão paradas. Lá é só buraco.

A imagem de Mossoró buscando desesperadamente algum tipo de apoio político para as eleições municipais de 2024 é emblemática, mostrando seu desespero para garantir respaldo político.

É evidente que a ausência de uma figura política forte para sucedê-lo coloca o atual prefeito em uma posição desconfortável e vulnerável, podendo sofrer as consequências de suas próprias escolhas.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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