O fim do recesso parlamentar dos deputados distritais que voltam ao batente a partir dessa quinta-feira (01), uma disputa ganha força nos bastidores: a eleição da presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal que ocorrerá em dezembro desse ano.
Embora o atual vice-presidente da Câmara Legislativa, Ricardo Vale (PT), já tenha declarado que gostaria de permanecer no mesmo cargo, na chapa de reeleição do atual presidente da Casa, Wellington Luiz (MDB), o Partido Liberal do DF, presidido pela deputada federal Bia Kicis, se movimenta na velocidade da luz.
O objetivo do partido é emplacar o deputado Roosevelt Vilela (PL) em um dos mais cobiçados cargos da Mesa Diretora do legislativo local, abaixo da Presidência, é claro.
O movimento do PL, que conta com dois distritais na Casa, chegou à mesa de Wellington Luiz no final da semana passada, quando começou a ser redesenhada a composição da próxima mesa diretora sem muita alteração da que é hoje.
Na nova configuração, haverá apenas troca de cadeiras entre os atuais deputados da mesa.
Deputados como Daniel de Castro (PP), Martins Machado (Republicano), Jorge Vianna (PSD) e Roriz Neto (PL) deverão continuar nos mesmos postos, ou seja, 1ª Secretaria, 3ª Secretaria, Ouvidor e Corregedor, respectivamente.
Já Roosevelt Vilela, que atualmente é o 2º secretário, pode ser o próximo vice-presidente na chapa liderada por Wellington, conforme reivindica o PL, partido que deve oferecer o candidato ao Senado em 2026, na chapa majoritária de reeleição da vice-governadora Celina Leão (PP).
Wellington Luiz, que se elegeu presidente pela primeira vez em 2020, em chapa única, deve repetir o mesmo feito. Conta com o apoio da ampla maioria dos deputados da Casa.
Tem se articulado e dialogado muito bem com todos os distritais, sendo eles da base do governo ou da oposição.
Em 2023, o emedebista venceu a presidência da CLDF em chapa única, por 22 dos 24 votos, após a candidatura ensaiada pelo então deputado distrital Reginaldo Veras, naufragar antes do pleito.
Apesar de voar em céu de brigadeiro, Wellington sabe que o cenário agora é outro, já que 2026 estar bem aí na visão do segmento político de um ente federativo onde não existem eleições municipais.
É provável que a oposição ao governo Ibaneis/Celina lance reedite uma “chapa faz de contas” como aquela encabeçada por Reginaldo Veras e Leandro Grass. O sonho de controlar o legislativo, seria o melhor dos mundos para um grupo politico como o PT que estar fora do poder há dez anos.
O último petista que passou pelo comando da CLDF foi Wasny de Roure, eleito para o biênio 2013/2014. Já no comando do Palacio do Buriti, foi Agnelo.
De lá para cá o PT do DF não consegue gerar um líder com musculatura eleitoral no DF que possa oxigenar o partido mesmo com Lula na presidência do Planalto.
Voltando ao movimento da reeleição de Wellington Luis na Câmara Legislativa, talvez esse pequeno ajuste na futura composição da mesa-diretora que pretende liderar seja uma alternativa necessária com um olhar focado na reeleição de Celina Leão, em 2026.
Além do mais, fala-se nos bastidores do poder que Wellington gostaria de encerra a sua atividade política como deputado e presidente da Câmara, se tiver a chance de pular para o outro lado da praça e ocupar uma vaga de Conselheiro Vitalício do Tribunal de Contas do DF. Olha que maravilha!
Por tanto, ser candidato a vice-presidente agora, pode ser o presidente depois.