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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Leandro Grass joga culpa no padre da igreja tombada que desabou na Bahia

Publicado em

O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, afastou a responsabilidade do órgão pelo desabamento do teto da Igreja São Francisco de Assis no centro histórico de Salvador.

No entanto, a Polícia Federal e a Polícia Civil investigam o caso em busca de culpados.

A igreja é um bem tombado que faz parte da categoria de “arquitetura religiosa”, com natureza administrativa federal.

A queda do teto resultou na morte de uma visitante e ferimentos em três indivíduos que estavam visitando o templo naquele momento.

A Igreja de São Francisco é um dos principais pontos turísticos do bairro histórico do Pelourinho, na cidade de Salvador.

O presidente do Iphan tomou conhecimento, através da última fiscalização do órgão, de que o estado da Igreja e Convento de São Francisco já era considerado “ruim”.

A visita dos técnicos ocorreu em junho de 2023, um ano e meio antes do desabamento que ocorreu nesta quarta-feira.

Os dados estão no Relatório de Bens Materiais do órgão, sobre o estado de conservação da “igreja de ouro”, como é conhecida.

Em entrevista à imprensa, Leandro Grasso se esquivou de qualquer culpa sobre o desastre ao apontar o frei, responsável pela igreja.

Ele disse que o religioso apenas protocolou um pedido de vistoria dois dias antes do evento, sem demonstrar qualquer tipo de urgência.

Não é a primeira vez que órgão do governo Lula deixa equipamentos públicos ou tombados de sua responsabilidade desabar.

A queda da Ponte Juscelino Kubitschek, que liga Tocantins e Maranhão, ocorreu em dezembro do ano passado e matou 14 pessoas. Ainda há corpos no fundo do rio.

A Polícia Federal investiga o caso da Ponte, mas ninguém foi preso até o momento. Apenas um diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit) foi afastado.

No caso da Igreja, um patrimônio tombado de responsabilidade do governo federal, a Polícia Federal e a Polícia Civil da Bahia abriram inquéritos para apurar o caso.

Em nota o Iphan diz:

“O imóvel é de propriedade da Ordem Primeira de São Francisco, responsável direta pela gestão e manutenção da edificação. O Iphan, enquanto órgão de proteção do patrimônio cultural brasileiro, tem atuado na preservação do bem, com ações como o restauro dos painéis de azulejaria portuguesa, concluído em maio de 2023, e a elaboração do projeto de restauração do edifício, atualmente em andamento”, diz trecho da nota.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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