Filiado ao Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal (PT-DF) no final de julho, com ficha abonada pelo presidente Lula, o professor Leandro Grass, presidente do IPHAN, enfrenta um cenário de isolamento e constrangimento dentro do partido.
Após deixar o Partido Verde (PV), em julho desse ano, com o qual disputou o governo do DF em 2022, sendo derrotado no primeiro turno por Ibaneis Rocha, Grass se sente como o “pato feio” nas fileiras do PT-DF, tratado como um “cabrito novo” sem espaço definido para as próximas eleições.
A curta trajetória de Grass no PT tem sido marcada por desconfortos e até constrangimentos. Chega até a pensar que caiu em uma tremenda e ardilosa armadilha.
Correntes históricas do partido, segundo fontes, pretendem vetar seu nome como líder da chapa majoritária na disputa pelo Palácio do Buriti em 2026.
Essas correntes argumentam que sua candidatura ao governo em 2022 só ocorreu por ele ser do PV, integrante da federação PT/PV/PCdoB, que definiu a estratégia eleitoral no DF à época.
“Agora, a situação é bastante diferente”, confidenciou à coluna “Radar Político”, um filiado da corrente “Movimento PT”, a mesma do ex-deputado Geraldo Magela, que já anunciou sua candidatura ao Buriti pelo partido no próximo ano.
Disse também que Grass não tem grupo e nem faz parte de nenhuma correte que possa indicar o seu nome às chamadas disputas das prévias.
O sentimento de traição e abandono acompanha Grass desde sua filiação. “Ele deixou o certo (PV) pelo duvidoso (PT)”, disparou um ex-aliado em comentário nas redes sociais, quando Grass tomou a decisão de deixar o Partido Verde.
A percepção de muitos de seus apoiadores de 2022, a mudança de partido pode ter sido um erro estratégico.
Grass, por sua vez, expressa aos mais chegados, “desconforto”, e “deslocado fora da casinha” no PT-DF, onde não encontrou o acolhimento esperado.