Justificando que estaria empenhado na realização de uma “uma grande operação policial integrada”, em parceria com vários estados, o ministro Flávio Dino não compareceu nesta terça-feira (10), à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, mesmo tendo sido convocado.
Em contraponto à convocação, o ministro “propôs” à presidência da Câmara dos Deputados a realização de uma audiência na Comissão Geral, no plenário da Casa, para tratar de temas de interesse dos parlamentares. A Comissão Geral deve ocorrer no dia 18 de outubro.
Ao presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Ubiratan Sanderson (PL-RS), o ministro Dino disse de forma elegante:
“Informo a impossibilidade de comparecimento a essa comissão, em face de providências administrativas inadiáveis. Tais providências implicam a mobilização da equipe da Senasp, impedindo adequada preparação do material relativo aos temas solicitados por essa Comissão”, diz no ofício.
O não comparecimento de Flávio Dino à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, foi visto pelos deputados da ala bolsonarista como “um desrespeito”.
O próprio deputado Sanderson criticou a ausência do ministro e afirmou que os parlamentares “não estão brincando” com a segurança pública.
Por lei, ministros de Estado são obrigados a atender a convocação de senadores e deputados para falar sobre assuntos relevantes da sua área de atuação.
Por outro lado, a convocação feita por meio de 19 requerimentos é vista pelo próprio Dino como politicagem de deputados bolsonaristas que estariam tentando buscar holofotes a suas custas e criar factoides.
Objetivo dos parlamentares é cobrar explicações sobre as imagens referentes ao circuito de câmeras do Ministério da Justiça que foram deletadas depois do 8 de janeiro.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF