O ex-secretário-adjunto de Segurança Pública de Roraima, o delegado de Polícia Civil, José Lurene, que se desincompatibilizou do cargo para concorrer ao mandato de deputado federal, disse que a sua pré-candidatura representa os anseios da população roraimense.
Para quem disputou as eleições de 2018, pela primeira vez, sendo o décimo, entre os oito deputados federais eleitos, José Lurene sabe que a disputa eleitoral desse ano não será fácil para ninguém, mas também não será tão difícil para quem trabalha intensamente pela população.
Em conversa com a Coluna Radar Politico nesta segunda-feira(25), Lurene disse ter deixado o cargo de secretário-adjunto da Segurança Pública para se filiar ao Partido Progressista, por onde irá disputar uma vaga na Câmara Federal.
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“O nosso projeto conta com o apoio do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, do presidente da Câmara federal, Artur Lira, do governador Antonio Denarium, além do apoio do presidente do PP local, o deputado federal Hiran Gonçalves, que nestas eleições irá concorrer ao Senado e está muito bem avaliado nas pesquisas”, disse.
Caso seja eleito deputado federal, Lurene se concentrará em uma das pautas mais sensíveis da população de seu estado.
Uma das prioridades é lutar pela legalização da mineração em área indígenas, por ser uma das pautas de extrema importância para Roraima, e que se arrasta por décadas no Congresso Nacional.
“Pretendo lutar por isso. Tanto a população indígena quanto a população roraimense vivem da exploração mineral e temos que conciliar a parte ambiental, os direitos indígenas sobre suas terras e preservar a fonte de renda de parte da população”, justifica.
Ele disse que os indígenas, hoje em dia, já participam da exploração mineral por meio de cooperativas e de cessões de direitos de algumas áreas em seus territórios.
“Esse assunto tem que deixar de ser um tabu protelado por muito tempo no Congresso. Tem que ser encarado com responsabilidade, protegendo os direitos indígenas, o meio ambiente, bem como o direito de quem explora as riquezas minerais de Roraima”.
De acordo com a Constituição Federal, segundo Lurene, essas atividades só podem ser realizadas em solo indígena com prévia autorização do Congresso Nacional, por meio de decreto legislativo, e mediante consulta às comunidades afetadas, as quais é assegurada participação nos resultados.
“Temos que acabar com os conflitos sociais que giram em torno da exploração ilegal do minério onde todos saem perdendo. Lutarei contra as ingerências de organizações internacionais que querem monopolizar o controle das regiões roraimenses numa clara invasão à soberania do nosso território”, pontuou.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF