O primeiro debate entre os candidatos ao governo do Distrito Federal, realizado pela Band, na noite deste domingo (07), contou com a participação de oito candidatos ao Palácio do Buriti.
Entre eles: Ibaneis Rocha (MDB), Izalci Lucas (PSDB), Leandro Grass (PV), Leila Barros (PDT), Keka Bagno (PSol), Paulo Octávio (PSD) e Rafael Parente (PSB).
O debate foi marcado pela monotonia, nervosismo, ausência de argumentos e de propostas por parte dos seis adversários do governador Ibaneis Rocha(MDB).
Os pontos mais explorados pelos que fazem oposição ao governo do emedebista, foram saúde e educação, além da privatização da Companhia Energética de Brasília, CEB.
O candidato Izalci Lucas (PSDB-Cidadania) criticou o atendimento a saúde do DF, mas não apontou nenhuma proposta convincente sobre o que faria caso se eleja governador.
Apenas disse que vai contratar mais médicos, mais profissionais e colocar mais remédios, tudo o que já vem sendo feito pela atual gestão.
Os mesmos argumentos foram apontados pelo desconhecido Rafael Parente(PSB), que aproveitou cada bloco para repetir, exaustivamente, o seu nome na TV.
Ele propôs, caso se eleja a governador, acabar com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal-IGES-DF, estrutura criada pelo governo do PSB (2014/2018), comandado pelo seu padrinho político, Rodrigo Rollemberg.
Ibaneis mostrou como a saúde do DF melhorou nestes quase quatro anos de gestão se comparado com a saúde do desastrado governo socialista.
Mostrou os números das ações implementadas pelo governo na área da saúde, durante o período mais agudo da crise pandêmica.
A começar pelos decretos que serviram para desacelerar a circulação do vírus da doença no Distrito Federal.
Fez questão de enumerar as obras de infraestrutura para o fortalecimento da saúde, como a construção de sete Upas, nove unidades básicas de saúde, além de aumentar consideravelmente as equipes de saúde da família, que foi de 372 unidades para 596 unidades.
Um levantamento recente feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o DF figura entre as capitais e unidades da Federação que dispõem de maior infraestrutura em UTIs e efetivo da Saúde, pós-pandemia.
O total de médicos, na capital brasiliense, atuando no serviço público, é de 4.900 profissionais das mais diversas áreas.
O números de enfermeiros chegou a 4.700 e o sistema de saúde conta ainda com uma batalhão de 37 mil servidores.
O candidato Leandro Grass, do PV/PT/PCdoB, questionou Ibaneis sobre a privatização da CEB, vendida, em 2020, por R$ 2,515 bilhões para a Neoenergia.
No entanto, ele não soube dizer o que faria caso fosse governador, diante de uma empresa deficitária, transformada no maior cabide de emprego da história. Tudo bancado pelo GDF e pelo bolso do consumidor.
Em resposta, Ibaneis Rocha explicou que a venda da estatal foi a alternativa encontrada pelo governo para evitar um prejuízo maior, estimado em R$ 1 bilhão ao DF.
A CEB arriscava perder a concessão para prestação de serviços, uma vez que não estava cumprido as metas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A situação financeira da CEB foi levada ao caos, pela irresponsabilidade de seguidas gestões desastrosas.
Quem se mostrou muito confusa, atrapalhada, além da falta de conhecimento nos temas levantados por ela própria, foi Leila do Vôlei(PDT).
Falou o mesmo do mesmo em relação aos problemas enfrentados pela população dos municípios do Entorno. Disse que irá sentar com o governo de Goiás, se vencer as eleição, em busca de uma solução. Falou sobre metrô sem saber quanto vale um metro de trilho.
Um dos candidatos ao GDF, Paulo Octávio(PSD), jurou de pés juntos, e em nome do povo, que promete abrir mão dos contratos milionários, que mantém entre o GDF e as empresas dele, “pode apostar”.
PO tem mais de 15 prédios alugados para o governo, além de estar construindo viadutos e pavimentação de estradas.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF