Radar Político/Opinião DIREITO DE RESPOSTA

Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Caso Donizet: Sob pressão distritais terão que apurar “caso abafado”

Publicado em

Advogados e entidades da sociedade civil organizada que atuam em defesa dos direitos humanos e no Combate a Violência contra a Mulher, se organizam pelas redes sociais  para realizar um protesto nesta terça-feira (15), a partir das 14 hora, em frente a Câmara Legislativa do Distrito Federal.

O objetivo do movimento, segundo seu organizadores, é de exigir que a Câmara Legislativa abra procedimentos para apurar uma sequência de crimes, como agressões físicas e de  assédios sexuais, que estaria supostamente envolvido o deputado distrital Daniel Donizet(PL).

Conforme vem amplamente divulgado pelo RadarDF, as denúncias feitas por mulheres que se dizem vítimas de Donizet, já vem sendo apuradas no ambiente jurídico pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Distrito Federal.

No entanto, no ambiente político, não há até agora qualquer iniciativa dos deputados distritais para exigir uma explicação de Daniel Donizet em tornos das denúncias feitas contra ele.

O primeiro caso veio a tona por meio de uma garota de programa que teria sido agredida fisicamente por um assessor do deputado, durante uma sessão de orgia realizada em um motel do Núcleo Bandeirante.

Em depoimento ela afirma que Donizet teria sido omisso no momento por não interferir nas agressões.

Em seguida, surgiram os casos de assédios sexuais, que vem sendo apurados pelo MPDFT a partir de depoimentos prestados por uma funcionária e ex-funcionária da Câmara Legislativa. Elas acusam diretamente Daniel Donizet pela prática de tais crimes.

No sábado passado, filiadas do Partido Liberal do DF se posicionaram e exigiram explicações do parlamentar, tendo o comando da legenda o ameaçado de expulsão.

Já na CLDF, os 23 distritais preferiram apostar no silêncio numa clara operação abafa com flagrante cara de paisagem sem dar a mínima para a gravidade das denúncias.

Diga-se de passagem que a CLDF não tem que esperar por conclusão de inquéritos quando a sua própria imagem estar em jogo e a reputação de seus pares, também.

Nenhum deputado ou deputada usou até o momento a tribuna, ou suas redes sociais para falar sobre o assunto e exigir uma explicação do colega distrital. A CLDF prefere sangrar.

Diante da inércia, um grupo de advogados representantes de entidades da sociedade civil do DF, terão um encontro com o advogado criminalista e presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior.

O objetivo é de chamar a OAB para dentro do caso, a começar pela criação de uma comissão representativa, composta por advogadas para juntos estarem com o presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB).

A comissão vai pedir uma apuração rápida e exemplar que o caso requer. O encontro do movimento estar marcado para as 14 horas na porta da CLDF

“Não se trata de pré-julgamento algum, mas apenas pedir que se investigue a fundo tais denúncias veiculadas e registradas no âmbito da Polícia Civil e junto ao MP”, diz uma nota dos organizadores do movimento, divulgada nas redes sociais.

Análise dos fatos

Nem precisava fazer isso, já que a CLDF é a expressão da vontade popular representada por meio de parlamentares, eleitos pelos cidadãos para agir em seu nome.

Mas quando o corporativismo político impera contra apuração de denúncias consideradas graves, setores da sociedade civil não tem outra alternativa a não ser a de cobrar a responsabilização de toda a Câmara pelo silêncio para proteger malfeitos.

Advogados protestando em favor dos direitos das mulheres é um exemplo de como profissionais do direito podem desempenhar um papel significativo na promoção da igualdade de gênero e na defesa dos direitos das mulheres.

Por outro lado, a reação de entidades da sociedade civil que se juntam em protesto  na frente do legislativo do DF, contra casos de assédio, supostamente praticado por um deputado, tem sido crucial na luta pela responsabilização de quem comete tal crime.

Movimentos como esses, permitem que as vítimas criem cada vez mais coragem e compartilhem suas histórias, sem sentir vergonha ou culpa. Elas nunca estarão sozinhas nesta causa.

*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

Siga o perfil do Radar DF no Instagram
Receba notícias do Radar DF no seu  WhatsApp e fique por dentro de tudo! Entrar no grupo

Siga ainda o #RadarDF no Twitter

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.

spot_img

Leia também

Ônibus coletivo do DF são adesivados em homenagem a Brasília

A arte dos adesivos foi elaborada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) e a programação visual envolve desenhos que lembram a cultura e o turismo do DF.

Mais Radar

“A dor de Sarah não pode se repetir no DF”, diz Roosevelt Vilela

O distrital Roosevelt Vilela alerta para o perigo de desafios virais e cobra maior responsabilidade das redes sociais. Ele defende leis, educação digital e ação conjunta para proteger crianças e adolescentes online

Mala perdida, voo perdido: a brava aventura de Izalci Lucas em Dubai

Um senador em missão oficial no exterior pode gastar até R$...

Izalci e o jogo sujo da politicagem contra o povo de Brasília

Senador Izalci Lucas (PL-DF) pede CPI para investigar intenção de compra do Banco Master pelo BRB, alinhando-se a PT e PSB em manobra politiqueira. Sem fatos concretos, a iniciativa ignora o sucesso do BRB e prejudica Brasília

Fica Glauber Braga! Greve de fome anima suplente Heloísa Helena

Heloísa Helena, suplente de Glauber Braga, anima tocando bumbo em apoio à greve de fome do deputado, que protesta contra cassação. A ex-senadora da Rede, pronta para assumir o mandato, vibra com a campanha “Fica Glauber Braga”.

Bia Kicis sonha com o Senado, mas quem manda é o dono do cofre

Bia Kicis lança sua candidatura ao Senado em 2026, mas enfrenta resistência dentro do próprio PL e desafia planos de Ibaneis e Michelle. No xadrez político do DF, ousadia sem apoio pode custar caro.
- PUBLICIDADE -

Últimas do Radar Político