O Ministério da Saúde ainda não definiu uma data para envio das doses da vacina Qdenga aos estados e para o Distrito Federal.
A promessa da distribuição é para o próximo mês, mas sem data definida.
A doença, que já se tornou uma epidemia, vem causando mortes em todo o país.
A vacina Qdenga, desenvolvida pelo laboratório Takeda, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março do ano passado.
O imunizante serve para pessoas de 4 a 60 anos, mas ela será aplicada inicialmente, apenas em crianças.
Outra vacina, a Dengvaxia, também recebeu autorização da Anvisa, e ambas estão disponíveis na rede privada a preços estratosféricos.
No Distrito Federal (DF), a situação é crítica: a epidemia de dengue se alastra, superlotando UPAs e hospitais.
Tendas de atendimento foram montadas, e o Exército foi convocado para reforçar a força-tarefa de combate ao mosquito Aedes aegypti.
Segundo o último boletim da Secretaria de Saúde do DF, quase 30 mil casos prováveis de dengue foram registrados, com seis mortes confirmadas e outras 24 sob investigação.
Desde o início do ano, mais de 29 mil casos foram registrados.
Em março de 2023, o Ministério da Saúde adquiriu nove milhões de doses da vacina Qdenga, mas até agora, nada.
A situação se assemelha ao atraso observado com a vacina contra a Covid-19 que terminou matando milhares de pessoas no Brasil.
Especialistas apontam que o aumento dos casos de dengue no país é influenciado por fatores climáticos, típicos de doenças tropicais, e pela falta de cuidado da população em áreas urbanas, onde águas paradas se tornam criadouros para o mosquito.
No entanto, o PT local faz uso político contra o governo do DF sem reconhecer a responsabilidade do governo federal no atraso da distribuição das vacinas.
O discurso dos petistas de atacar o governo Ibaneis pelo agravamento da doença, é uma forma de desviar a atenção das falhas do governo Lula.
Ou seja: preferem acusar adversários sem antes olhar para o próprio rabo.
*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF