O professor da rede pública de ensino do Distrito Federal, Rogério Ulysses (48), que se tornou deputado distrital em 2006, disse ao Radar Político que passou os últimos 13 anos para provar a sua inocência de um crime que não cometeu.
Ele teve a sua vida devastada pela imprensa brasiliense ao ser jogado ao fundo do poço, por meio de uma denúncia sem provas, apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal.
O MPDFT acusou o então distrital do PSB, de crime de corrupção passiva por supostos recebimentos de dinheiro ilícito, no âmbito da “Operação Caixa de Pandora”, em 2009.
O ex-deputado perdeu o mandato, ficou com os bens bloqueados, teve os direitos políticos suspensos e foi execrado pela opinião pública.
A condenação indevida de Ulysses, um problema que ocorre quase sempre no processo penal brasileiro, principalmente os que envolvem pessoas públicas, provocou graves consequências na vida do ex-parlamentar, acusado por um crime que não cometeu.
Rogério Ulysses teve a sua vida devastada pela quebra da dignidade, lhe causando um dano moral irreparável, imposta pelo Estado.
Ontem (27), treze anos da punição judicial, agora suspensa, o professor Rogério Ulysses retornou ao plenário da Câmara Legislativa para usar simbolicamente a Tribuna da Casa, e reeditar o seu último discurso que fez em contestação a injusta acusação.
“Hoje absolvido por unanimidade, mais maduro, com a experiência de quem aprendeu com erros e acertos, percebo que é hora de recomeçar”, diz ele em um vídeo postado em uma rede social.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF