Afogado em uma montoeira de processos pela prática de caixa2 e recebimento de propinas, o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), torce pela aprovação da PEC 37/21 em tramitação no Congresso Nacional.
A chamada “PEC da Impunidade” impossibilita a prisão em flagrante de um deputado ou senador mesmo que seja pego no ato cometendo crime de corrupção.
A PEC da Impunidade também retira o poder de investigação do Ministério Público.
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Após ter ficado por 18 anos no comando do poder político de Goiás e desaparecido da cena política do estado, desde outubro de 2018, quando foi preso pela Polícia Federal no âmbito da “Operação Cash Delivery”, o ex-governador volta a aparecer falando em “Tempo Novo”.
Marconi anuncia, em suas andanças pelas cidades do Entorno, o seu projeto de se eleger deputado federal em 2022.
O ex-governador confessa, aos mais próximos, ligados ao seu grupo político, que um mandato de deputado federal serviria de salvo-conduto para se livrar das constantes ameças de prisão em decorrência dos processos de crime de corrupção que tramitam na justiça federal.
O político goiano é considerado suspeito de receber R$ 12 milhões em propina de empreiteiras para os pleitos eleitorais em 2010 e 2014.
A acusação foi feita pelo Ministério Público Federal no âmbito da Lava jato.
O MPF apontou que houve ao menos 21 entregas do dinheiro irregular em 2014 feitas a mando da Odebrecht para favorecer Perillo.
Em suas caminhadas por alguns municípios goianos, Marconi fala de um “tempo novo” na tentativa de deletar o tempo velho que o levou para a cadeia e ainda o ameaça de prisão.
Para os analistas políticos de Goiânia, Marconi pode sofrer uma nova derrota em 2021, tal como ocorreu em 2018, quando ficou em 5º lugar na disputa por uma das duas vagas para o Senado por Goiás.
A análise é feita em cima dos resultados das eleições municipais do ano passado onde o governador Ronaldo Caiado (DEM) fez a maioria absoluta dos 246 prefeitos dos municípios goianos.
Ainda para os analistas o marconismo está morto e enterrado.
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