O ASSUNTO É

TRAMBIQUE: EMPRESA CONTRATADA PELA CLDF EMBOLSA MAIS DE R$8 MILHÕES E SOME

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Um impasse que já dura mais de seis meses está longe de ser resolvido pelo presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, que não sabe o que fazer: se suspende o pagamento ou se bota na conta bancária da agência de publicidade Agnelo Pacheco o valor de R$ 1 milhão e 500 mil como resto a pagar. A empresa é acusada de dar trambique em Brasília depois de receber quase R$9 milhões do erário público pagos pela Câmara Legislativa

A atual mesa diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal, comandada pelo deputado Joe Valle (PDT), não quer nem saber das reclamações feitas por veículos de comunicação do DF, que veicularam suas campanhas publicitárias intermediadas pela agência de publicidade Agnelo Pacheco.

A empresa deu um golpe na praça e desapareceu. O escritório de Brasília foi desmontado e teria mudado de nome e razão social. O vice-presidente da CLDF, Wellington Luiz (PMDB) alega que a Câmara não tem nada a ver com isso e o segundo secretário, Robério Negreiro por sua vez, diz que a Casa não encontrou nenhuma forma que obrigue a agencia pagar o que deve aos veículos de comunicação, mesmo tendo ainda muito dinheiro para receber. Em resumo: a Câmara está tirando o corpo fora.

Os gastos da CLDF com publicidade têm crescido significativamente desde 2014. Naquele ano, o montante para essa finalidade foi de R$ 11,57 milhões. Em 2015, chegou a R$ 24,92 milhões. E no ano passado foi de R$ 26,07 milhões.

O elevado investimento que envolve muito dinheiro público, pelo menos uma das duas empresas de publicidade contratada pela Câmara Legislativa, a Agnelo Pacheco, não honrou integralmente o contrato ao deixar de repassar a inúmeros veículos de comunicação do DF que veicularam as campanhas publicitárias do Poder Legislativo em 2016.

O contrato no valor de R$ 26,07 milhões, segundo explicou a Câmara Legislativa foi assinado com as duas agências que venceram a licitação: Agnelo e AV. O contrato previa que nenhuma das duas poderia dispor de mais de 75% do valor total. Consequentemente, nenhuma teria menos de 25%. Em 2016, foram empenhados R$ 6 milhões e 250 mil a agência Agnelo Pacheco. Em 2017, foram repassados R$ 2 milhões e 304 mil, valores relacionados a restos a pagar de 2016.

A empresa de publicidade deixou de proceder cerca de 70 repasses. Mesmo assim membros da mesa diretora afirmam que a CLDF não tem como deixar de repassar a Agnelo Pacheco R$ 1 milhão e 500 mil que faltam e nem tem como cobrar que a empresa conclua o contrato de prestação de serviço pagando o que deve aos veículos de comunicação que veicularam as suas campanhas publicitárias.

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