O deputado federal Izalci Lucas, pré-candidato a governador do DF no próximo ano, reagiu as investidas feitas pelo governador Rodrigo Rollemberg para cooptar o PSDB-DF, oferecendo cargos no governo e vagas na chapa majoritária, pela qual irá disputar a reeleição no próximo ano. O tucano deixou claro que é candidato a governador pelo PSDB e que Rollemberg não se elege nem mesmo a guarda de quarteirão
Por Toni Duarte
“Só um trouxa como Rollemberg pode acreditar que oferecendo um cargo para Maria de Lurdes Abadia pode se reeleger com a ajuda dela ou que pode cooptar a aguerrida militância do PSDB-DF”, disse nesta quinta-feira (26), ao Radar, o deputado Izalci Lucas, presidente da legenda no Distrito Federal.
Izalci comparou as investidas de Rollemberg como um ato desesperado e bestial. “Age assim por desespero. Logo ele que dizia ser contra o toma lá-dá-cá, agora resolveu aderir a prática, embora não tenha chance de se eleger nem mesmo a guarda de quarteirão”, afirmou.
Ao Radar Izalci contou que na segunda-feira passada recebeu um telefonema do senador Tasso Jereissati, presidente interino da Executiva Nacional do PSDB, para conversar sobre o governador Rodrigo Rollemberg que se dizia interessado em fazer um acordo com o partido no DF focada nas eleições do próximo ano quando tentará a reeleição.
Antes disso, Rollemberg já tinha ligado para o vice-governador de São Paulo, Márcio Franca (PSB), bem como para o próprio governador paulista Geraldo Alckmin, candidato a Presidência da República, em 2018, pelo PSDB, pedindo ajuda para o fechamento de um acordo entre os dois partidos em Brasília.
A Tasso Jereissati, Rollemberg propôs que estaria disposto a oferecer um espaço muito grande dentro do governo ao PSDB e que Izalci poderia negociar a vaga de vice-governador ou de senador na chapa dele para disputar a reeleição.
“Falei ao Tasso que não tenho nenhum interesse de fechar qualquer tipo de acordo com Rollemberg. Primeiro, porque ele não cumpre com o que diz. Segundo: ele é o sujeito mais rejeitado da história política do DF, cuja rejeição beira a 90%”. No dia seguinte, falei a mesma coisa ao próprio Rollemberg ao ligar para mim para tratar do mesmo assunto” contou Izalci.
O tucano disse que o ingresso de Abadia no governo Rollemberg foi uma opção pessoal da ex-governadora e não uma decisão do partido, seja da Executiva Nacional, ou da Executiva Regional.
“O próprio Tasso Jereissati foi bem claro ao gravar um vídeo onde fala que todo o processo eleitoral de Brasília será tratado diretamente comigo por ser o presidente do PSDB regional”, afirmou Izalci.
O deputado afirmou que o grupo que se bandeou para o lado de Rollemberg é doido por cargos e sem voto.
Izalci reforçou que é pretenso candidato a governador pelo PSDB e que para não restar qualquer dúvida, ele estará divulgando, na próxima semana, um documento assinado por 40 deputados da bancada tucana no Congresso Nacional, em apoio a sua candidatura pelo partido.
Quanto a Maria de Lurdes Abadia, Izalci disse: “ela não representa o PSDB”.
Procurada por Radar, a ex-governadora não atendeu e nem retornou as nossas ligações.