Após quatro anos de calote sobre as 32 categorias trabalhadoras, o Sindsaúde, o maior sindicato de servidores públicos do DF, realiza no final deste mês uma sabatina política entre todos os candidatos ao Buriti, ao Senado e para presidente da República. Inscrições estão abertas no site da categoria, menos para o atual governador Rodrigo Rollemberg
Por Toni Duarte//RADAR-DF
O Sindsaúde-DF realiza, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, o segundo Seminário Eleições 2018 e o Movimento Sindical. O evento ocorrerá no Hotel San Marco. Segundo Marli Rodrigues, presidente do Sindicato dos empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde, o objetivo do evento é promover o debate entre eleitores servidores da saúde e candidatos.
“Os candidatos não se enfrentarão entre eles. O enfretamento será com os servidores que pergunta e o candidato terá a oportunidade de expor a sua proposta para melhorar o caótico sistema de saúde do DF”, disse Marli Rodrigues.
Ela explicou ainda que “todos os candidatos serão convidados, menos o Diabo! ”, disse ao se referir ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB), tido pelos servidores como um implacável algoz da categoria.
Marli Rodrigues destacou vários pontos que julga de grande importância a ser debatido durante o seminário como a desvalorização dos servidores, provocada pelo calote dado pelo governador Rodrigo Rollemberg.
“Há um interesse do Estado para desestimular e precarizar a saúde pública com o fechamento de leitos e equipamentos sem manutenção. O governo Rollemberg tem que ser responsabilizado pelas mortes evitáveis que somente no ano passado levaram a óbito cerca de 1.300 pessoas”, disse.
Segundo Marli, os dados são da própria Secretaria de Saúde. “Por fim, a terceirização dos serviços que serve de moeda de troca em apoio político e para alimentar o esquema de corrupção e o adoecimento de servidores em função da precarização dos serviços e do assédio moral”, afirmou.
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Ela destacou outro ponto crítico que será a todos os candidatos ao governo do Distrito Federal a comparecerem no seminário do Sindsaúde.
Marli apontou que o servidor está com o salário defasado e precisa saber que proposta os pré-candidatos tem para garantir os direitos e conquistas que estão estabelecidos em lei.
“Outra pergunta que não quer calar: Como o futuro governador do DF irá repor os milhões de reais do Instituto de Previdência do Servidor (Iprev), que o atual governo está torrando e desviando para outras finalidades?”.
A sindicalista disse que o início da mudança na Saúde do DF, começa pela saída de Rollemberg que nunca precisou de um hospital público e que a população do Distrito federal terá que derrotar o pior governador da história de Brasília no primeiro turno das eleições.
Ela afirmou que a categoria de servidores em geral precisa buscar nomes que tenham relação com a área, que valorizem os servidores e que entendam o que a população precisa de verdade.
“Rollemberg se cercou de um grupo sem competência para gerir uma área importante como a Saúde. Se os candidatos tiveram coragem de ir ao seminário, nós teremos coragem de perguntar”, cravou a sindicalista.
No entanto, ela voltou a reiterar que Rollemberg não entra no debate do seminário do Sindsaude e conclamou a sofrida população do DF carimbar nas urnas o “Fora Rollemberg” logo no primeiro turno das eleições.
Ela destacou que a campanha “#ForaRollemberg” veio desde as gravações que fez sobre atos de corrupção no governo, as quais foram entregues ao Ministério Público e a CPI da Saúde da Câmara Legislativa, instalada em 2016.
Ele criticou o vice-governador Renato Santana (PSD), e o ex-secretário de Saúde Fábio Gondim, que segundo ela tiveram a grande oportunidade de falar tudo, mas preferiram perder a língua contribuindo para que o desvio do dinheiro público no governo prosperasse.
“Só agora na campanha eleitoral, o Renato Santana diz que Rollemberg não gosta dele por ser preto, como se tivesse mudado de cor igual camaleão somente agora. Na época da CPI ele negou tudo e ainda disse que nem me conhecia”, lembrou Marli.
Em tempo: Renato Santana é conhecido no meio politico como o famoso “Faísca”.
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