O deputado Federal Ronaldo Fonseca (PROS), anunciou neste domingo, durante um culto da Assembléia de Deus, em Taguatinga, que vai encerrar a sua carreira política não pretendendo disputar as eleições do próximo Ano. Um dos motivos para esta decisão seria o apoio dos evangélicos a reeleição do senador Cristovam Buarque(PPS), que é a favor do casamento gay, da maconha e da legalização do aborto
Por Toni Duarte
O anúncio do fim da carreira política feito ontem de manhã, pelo deputado federal Ronaldo Fonseca, durante o culto da “santa ceia” da ADET (Assembléia De Deus de Taguatinga), surpreendeu todos os pastores e obreiros da congregação presentes a cerimônia.
“Estou desistindo da política e não serei candidato a nada em 2018”, disse. Fonseca, no entanto, não falou o motivo de sua decisão deixando ainda mais perplexa à comunidade evangélica do DF.
Ronaldo Fonseca obteve a quarta maior votação para deputado federal na eleição 2014 no DF, com 84.583 votos, e seria uma aposta da bancada evangélica para a disputa de cargos majoritários em 2018.
No meio dos bastidores políticos de Brasília, a causa estaria ligada dentro do próprio mundo político evangélico, onde boa parte se articula para apoiar a reeleição de Cristovam Buarque, bem como dentro do seu atual partido, o PROS, onde o parlamentar estaria enfrenado problemas. Ronaldo Fonseca era o presidente do Pros no DF, mas perdeu a posição para a deputada distrital Telma Rufino.
O deputado teria pisado na bola com o seu partido ao trabalhar abertamente pela criação do PRC (Partido Republicano Cristão), ligado a Igreja Assembléia Deus, para onde levaria pelo menos 20 deputados. Até pouco tempo, Fonseca viu a chance de voar mais alto em uma chapa majoritária em 2018.
Embora sendo da Assembléia de Deus, uma congregação de médio porte eleitoral no DF, no entanto, Ronaldo Fonseca foi o único candidato a deputado federal evangélico a ser eleito em 2014. A gigante Igreja Universal do Reino de Deus não conseguiu eleger, por exemplo, o candidato Vitor Paulo (PRB) para a Câmara Federal.
A situação começou a piorar mais ainda para o futuro politico do deputado diante do visível “racha político” das igrejas evangélicas do DF, principalmente quando o partido da Igreja Universal, o PRB, convidou o senador Cristovam Buarque (PPS), que é a favor da maconha, da legalização do aborto e do casamento gay para disputar a vaga de senador em uma chapa majoritária construída pela legenda evangélica.
Fonseca é defensor da Família como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher por meio de casamento ou união estável. O parlamentar também considera a maconha como uma erva daninha produzida pelo diabo.
Há quem diga que o apoio politico dos evangélicos a Cristovam, que se define como um ateu, pelas redes sociais, seria um dos motivos para a desistência da vida política anunciada por Fonseca na manhã de ontem, em Taguatinga. Ele teria confessado a alguns amigos que o mundo politico evangélico do DF está desnorteado precisando de muita oração para se libertar das trevas