A máxima de que “ninguém chega lá sozinho” começa a desanimar o governador Rodrigo Rollemberg de tentar a reeleição diante da perda de aliados que abandonam a base do governo com o objetivo de lançar candidaturas próprias em 2018, como é o caso do PDT e de outros partidos como a Rede e o PSD que buscarão outras alianças que possam tirar Brasília do caos
Por Toni Duarte
Com a mesma facilidade que o governo do Distrito Federal caiu no colo de Rollemberg durante a campanha de 2014, três anos depois no poder, o governador assiste o fim melancólico do seu próprio governo virando pó com seus aliados, considerados de primeira hora, abandonando o barco.
Na campanha do segundo turno de 2014, Rollemberg venceu com a coligação PSB, PSD, PDT, SD, PRB, PV PSDB e PPS. Para 2018, quando pretende disputar a reeleição, a tendência é ficar isolado dentro do seu próprio partido, o PSB.
Nem mesmo a oferta de mais duas secretarias, além da do Trabalho, feita pelo governador para apear os pedetistas dentro do governo foi capaz de demover o PDT, de Joe Valle, de tomar a decisão de rompimento com o governo socialista na semana passada.
Há três anos, ao tomar posse como governador, Rodrigo Rollemberg era ovacionado pela sociedade brasiliense como um salvador da pátria que tiraria Brasília do caos provocado pela corrupta e desastrosa gestão petista.
Como candidato, Rollemberg fez promessas com as mais variadas categorias de servidores públicos de continuar pagando os reajustes previstos em lei; prometeu promover a regularização fundiária para dar a segurança jurídica dos moradores de condomínios e das áreas de interesses sociais; de combater a violência aparelhando melhor a Segurança Pública e motivando os policiais; prometeu cuidar da saúde do povo e fez ainda a promessa de resgatar a autoestima do arrasado setor produtivo fomentando a economia e reduzindo o desemprego.
Uma vez no cargo tudo foi diferente. Como governador, o primeiro ato de Rollemberg foi o de dar o calote em 210 mil servidores das 32 categorias profissionais ao deixar de pagar o reajuste salarial e ainda publicou no diário oficial o decreto anti-greve, número 37.962/16, para punir servidores. Para completar mandou a sua polícia cair de pau e humilhar os professores no meio das ruas por terem cruzados os braços.
Ao invés de promover a regularização fundiária, Rollemberg preferiu investir milhões de reais na Agefis para derrubar casas de pessoas pobres e hipossuficiente deixando mais de 20 mil famílias humilhadas ao relento.
A segurança pública foi sucateada com delegacias fechando as portas e com efetivos policiais encolhendo por falta de concurso público. Com o resultado de todo esse desmazelo o índice de criminalidade cresceu assustadoramente transformando Brasília em uma terra de ninguém.
Comparado a outros governos, a gestão Rollemberg é a que mais está levando a óbito pessoas que buscam os hospitais de Brasília em busca do socorro médico. O sistema de saúde público, segundo os servidores da área, o governo estabeleceu o caos para justificar a entrega do Hospital de Base a uma “Organização Social” travestida de Instituto. O resultado continua sendo trágico para a população desassistida.
Por fim, a fuga desenfreada de dezenas de sólidas empresas do DF e a quebradeira de tantas outras, confere a Rollemberg o titulo do mais incompetente gestor com passagem pelo Palácio do Buriti. Para muitos, superou o próprio Agnelo, o seu desafeto político a quem atribuía toda a desgraceira de Brasília quando dizia: “dinheiro tem o que falta é governo”.
Considerado como um governador fracassado por todos os setores da sociedade brasiliense, Rollemberg ver o seu “imperiozinho socialista” ruir em crise com os seus aliados fugindo do governo como o diabo foge da cruz.
Há quem diga que o PSD, partido que tem Renato Santana como vice-governador, será a última legenda a deixar o governo em março. Caberá a Rogério Rosso, presidente do PSD, a tarefa de botar a última pá de terra sobre o caixão do governo socialista e dizer: “Vade Retro, Rollemberg!”