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Rollemberg leva taca de concorrentes em debate do Metrópoles

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O governador Rodrigo Rollemberg,  gaguejou e tropeçou nas palavras ao defender o seu governo diante de uma saraivada de críticas feitas pelos pré-candidatos ao Buriti, durante o primeiro debate realizado pelo Portal Metrópoles nesta noite de segunda-feira (09/07).

Por Toni Duarte//RADAR-DF

O Auditório ParlaMundi, da Legião da Boa Vontade (LBV), ficou lotado por simpatizantes dos debatedores. O governador Rodrigo Rollemberg levou cerca de 200 servidores comissionados, pagos pela estrutura do Estado, para incentivá-lo com aplausos e palavras de ordem.

Grande parte foi impedida de entrar no auditório por não estar credenciada. Quem conseguiu entrar teve suas manifestações abafadas por uma maioria que gritava “Fora Rollemberg!”

Durante três horas, Brasília viveu momentos alucinantes do que será a campanha eleitoral deste ano, que começa pra valer no dia 16 de agosto, quando estarão em disputa a Presidência da República, governos estaduais e do DF, além das cadeiras para senadores, deputados federais, deputados estaduais e distritais.

No DF, pelo menos sete postulantes estão na corrida, mas alguns deles devem ficar pelo meio do caminho antes das convenções partidárias que serão realizadas entre 20 julho a 5 de agosto para a escolha de coligações e candidatos.

No debate do Metrópoles, mediado pela jornalista Lilian Tahan, se apresentaram Izalci Lucas (PSDB), Eliana Pedrosa (Pros), Paulo Chagas (PSL), Fátima Sousa (Psol), Rodrigo Rollemberg (PSB), Alexandre Guerra (Novo) e Jofran Frejat (PR).

O debate foi transmitido ao vivo pelas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram e YouTube), além da Rádio Metrópoles.

Todos aproveitaram para divulgar suas propostas nessa pré-campanha eleitoral, permitida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas também aproveitaram para cair de pau no atual governo tido como o pior da história de Brasília.

Rollemberg adotou o velho e manjado discurso de que encontrou um governo endividado e que o caos na saúde, na segurança e na educação, além das ruínas que estão levando pontes e viadutos ao chão, é culpa de administrações passadas.

Só faltou dizer que Juscelino Kubitschek e o arquiteto Oscar Niemeyer, criadores de Brasília, também tem culpa no cartório.

No desenrolar dos debates, deu pra sentir que Rollemberg, por máximo que se esforce para passar mais quatro anos a frente do Buriti , no entanto,  é visto como uma carta fora do baralho, logo no primeiro turno da eleição desse ano.

Neste debate, Izalci Lucas, atrás do púlpito, parecia um pré-candidato sem luz.

Vendeu o peixe da regularização fundiária, mas não reagiu ao ser desmentido por Rollemberg no caso da aprovação da lei de incentivos fiscais para atrair novas empresas ao DF.

“O deputado não diz a verdade. Ele cochilou na Câmara e quase o DF fica de fora”, disse.

Eliana Pedrosa foi provocada também por um jornalista sobre como irá lidar com as suas empresas (Dinâmica e Esparta) que sempre mantiveram contrato com o Governo do Distrito Federal e se no  eventual governo dela, contrataria empresas ligadas a políticos do DF.

Eliana usou o mesmo discurso de sempre afirmando que a empresa é da família e não dela. Ela disse não ver nenhuma dificuldade de manter contratos de  empresa de políticos desde que ganhe uma licitação com um menor preço.

O general Paulo Chagas foi chamado de racistas pela plateia após responder uma pergunta de uma jornalista sobre o alto índice de homicídios de jovens negros.

“Se os negros são os que mais morrem, são também os que mais matam”, disse Chagas que é partidário do presidenciável Jair Bolsonaro.

A candidata do Psol , a enfermeira Fátima Sousa,  tentou surfar na onda do médico Jofran Frejat, líder nas pesquisas de intenções de votos na corrida pelo Buriti.

Ela apontou o caos na saúde como sendo uma responsabilidade do pré-candidato do PR e  não do atual  governador do DF. Escorregou feio a candidata do Psol e demonstrou estar vivendo em outro planeta.

“Fica muito fácil criticar o que não se fez”, disse Frejat ao chamar a docente de mal-informada sobre a caótica situação da saúde.

Sobre a situação econômica do DF, Frejat disse que há uma verdadeira guerra fiscal em Brasília que levou centenas de empresas a fecharem as portas e deixando mais de 300 mil trabalhadores desempregados.

“Temos que estimular e fazer com que o BRB ( Banco de Brasília) seja um banco de fomento de verdade. No meu eventual governo vamos rever essa escorchante política fiscal que é praticada pelo governo de Brasília”, destacou Frejat.

Ele disse ainda que os programas que desconstruíram a saúde do DF serão revisto. O que é bom fica o que é ruim não terá continuidade no seu eventual governo.

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