Em 2014, o agora senador Reguffe vendeu à população de Brasília um produto político que não pode entregar. Ao pedir voto para eleger Rodrigo Rollemberg a governador do Distrito Federal, o jovem senador de família rica e de políticos tradicionais do Ceará e ex-assessor comissionado do então senador José Roberto Arruda, passava a ideia e continua passando de que não tem nada a ver com a velha política.
Toni Duarte//RADAR-DF
Quem ninguém pergunte ao mais puro e “bom moço” senador do Brasil, José Antonio Reguffe, sobre as mazelas da saúde, da segurança e da educação, produzidas pelo governo que ele ajudou a eleger em 2014.
Prestes completar quatro anos no mandato, o político que já foi deputado distrital, deputado federal e agora senador, faz cara de paisagem sobre a desastrada gestão socialista. Prefere ficar o tempo todo no andar de cima.
Nesta segunda-feira (04/06), o senador Reguffe (sem partido-DF) defendeu, em pronunciamento, propostas que segundo ele poderiam mudar a forma como os eleitores enxergam a política no Brasil.
Uma dessas propostas prevê que os parlamentares possam se reeleger uma única vez. Assim, ele acredita ser possível renovar o Poder Legislativo.
Além disso, o senador apresentou projeto para permitir a revogação do mandato do político que descumprir aquilo que prometeu durante a campanha eleitoral.
Do ponto de vista legislativo, até que são boas as propostas do Reguffe que deverão ser apensadas a centenas de outras propostas iguais, de autorias dos muitos congressistas, que tramitam no âmbito da Câmara e do Senado.
Trazendo a atuação de Reguffe para o campo político do DF, o campeão de votos de Brasília, que ajudou a eleger Rollemberg na última eleição, é praticamente nula.
Por não ter cumprido os compromissos de não aumentar impostos, de cortar 60% dos servidores comissionados e de reduzir os tributos de medicamentos, entre outros, o senador rompeu com o governo socialista em dezembro de 2015.
O que deveria ser um mandato de cobrança permanente, em defesa de uma população que sofre com o caos generalizado, Reguffe prefere o silêncio dos mortos ou a ignorar o DF como se estivesse em outro planeta.
Nunca ninguém viu Reguffe visitar algum hospital da quebrada rede pública do DF, ou fazer algum pronunciamento sobre o sucateamento da segurança pública. Ele não se importa se crianças estão desmaiando dentro das escolas por falta da merenda escolar ou com o mau cheiro de corrupção que exala, por exemplo, dos porões do DFtrans .
Os “regufistas” dizem que tudo que Reguffe quer é distancia das mazelas que não foram produzidas por ele e que o jovem e probo senador não precisa se importunar com isso, pelo menos agora que não é candidato a nada.
Os “regufistas” afirmam ainda, que para Reguffe se tornar um dia governador de Brasilia, basta continuar defendendo o fim dos impostos dos medicamentos, o fim dos cargos comissionados, do bolsa-paletó, do auxilio moradia, do… “É isso que o povo quer ouvir”, completam.