O senador Antonio Reguffe incorporou os insultos proferidos pelo governo Rollemberg, dirigido a 1 terço da população do DF, ao esbravejar que a Medida Provisória da Regularização Fundiária apenas beneficiava aos grileiros e alegou que o texto colocava em risco terras da Amazônia. Por isso votou contra. Já o senador Cristovam Buarque (PSB), que corre contra o tempo para se reeleger em 2018, preferiu fugir do plenário a pedido de Rollemberg. Uma vergonha. Os dois nefelibatas acreditam que o povo do DF é besta
os últimos dois anos cerca de 20 mil famílias ficaram sem suas casas, as quais foram destruídas pelos tratores da Agefis sob a alegação de que foram construídas em áreas públicas e que os seus ocupantes eram “grileiros, invasores e bandidos”.
A MP, publicada em dezembro do ano passado,pela Presidência da República, passou ser o tema mais debatido por mais de 1 milhão de pessoas que moram em áreas irregulares do DF e que lutam há mais de 30 anos pela segurança jurídica de suas moradias.
No entanto, o governo de Brasília e seus asseclas trabalham para impedir que a MP passasse incólume pelo Congresso. A provação do projeto de conversão da MP 759/2016 pela ampla maioria dos senadores, ocorrida na tarde desta quarta-feira (30), trata-se da redenção daqueles que adquiriram lote nos quase 500 condomínios em áreas passiveis de regularização do DF e um golpe fatal contra farra da grilagem oficial da Terracap que políticos como Reguffe e Cristovam tentam proteger sabe-se lá a troco de quê.
Para o senador Cristovam Buarque, que já foi governador do Distrito Federal e que mandou a sua polícia fuzilar pessoas pobres e indefesas que ocupavam a Estrutural, em 1998, um prédio de uma escola, segundo ele, “é mais importante do que uma casa de papelão ou de alvenaria que abriga uma família no DF”. Cristovam disse isso ao Radar durante uma entrevista coletiva a blogueiros de política em dezembro do ano passado.
Ontem, o senador, que luta pela reeleição em 2018, fez o que todo político irresponsável faz quando tem rabo preso com o Poder: simplesmente fugiu do plenário, a pedido de Rollemberg, para não votar a favor da população que precisa da regularização de suas moradias.
Em discurso no Senado, José Antonio Machado Reguffe justificou que não votaria pela aprovação do projeto de conversão da MP 759/2016 porque a medida só iria beneficiar os grileiros e que a nova norma colocaria em risco terras da Amazônia. A posição de Reguffe e a fuga de Cristovam Buarque (que deixou o plenário de mansinho para não votar a favor da MP), indicam que os dois estão se lixando para o grave problema que afeta milhões de brasileiros e só no DF mais de 1 milhão de pessoas.
Cristovam e Reguffe vivem nas nuvens. Os dois acha que fez tudo certo. Mas todos sabem que agiram como subordinados a um governador que fez de tudo para que a Medida Provisória da Regularização Fundiária não passasse pelo crivo dos plenários do Congresso Nacional. Mas eles foram os derrotados e o Povo, vencedor!
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