O ASSUNTO É

Quem se elegeu na aba do “Mito”, em 2018, terá que rebolar para se reeleger em 2022

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Deputados bolsonaristas do Distrito Federal que se elegeram em 2018 na carona do então candidato a presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, terão que correr nas cidades do DF se quiserem se reeleger em 2022. 

O recado das urnas, dado nas eleições municipais, ocorridas no último domingo (15), é um sinal que o esquema dos robôs das redes sociais não produz mais o mesmo efeito como ocorreu nas eleições de 2018.

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No domingo passado, os resultados das urnas no Rio de Janeiro foram uma tragédia para o vereador Carlos Bolsonaro.

Há quatro anos, o filho do presidente Jair Bolsonaro, se elegeu vereador com 106. 657  votos e foi o primeiro na lista dos mais votados pelos cariocas.

Neste ano, ao disputar o mesmo cargo, o “número 2” da família Bolsonaro arrebatou das urnas apenas 71 mil  votos.

Uma queda e tanto para quem tem 5,2 milhões de seguidores no Facebook, Twitter e Instagram.

Os que acreditavam que um simples pedido de voto feito pelo presidente da República em suas lives pudesse ser sinônimo de vitória certa, se enganaram redondamente.

Bolsonaro fez campanha explicita para sete candidatos a prefeitos e cinco deles nem chegaram ao segundo turno, a exemplo que aconteceu com Celso Russomanno em São Paulo.

A luz vermelha das urnas acendeu para um grande leque de políticos, pelo país afora, que apostavam que um raio pode cair por duas vezes no mesmo lugar.

Em 2018, a youtuber e deputada Bia Kics, foi eleita na aba bolsonarista com 86.415 votos, sem pisar em uma única cidade do DF. Assim como Carlos Bolsonaro a campanha dela foi feita apenas pela internet.

A deputada de gabinete e das redes sociais pode até continuar fazendo o mesmo, mas deve modificar o seu estilo de fazer política e procurar caminhar de forma presencial pelas cidades do DF se quiser renovar o mandato em 2022.

O youtuber Luís Miranda (DEM-DF), que se elegeu com  65.107 votos em 2018, mesmo morando em Miami nos Estados Unidos é outro que deve se readequar as vozes das urnas.

O recado também serviu para senadores como Leila do Vôlei (PSB) e para José Antonio Reguffe (PODE).

Até a deputada esquerdista Erica Kokay (PT) que estava na sua zona de conforto das redes sociais resolveu aparecer para a população.

O fato é que as eleições realizadas no último domingo fez cair a ficha para muitos que utilizam a internet como palanques virtuais.

Bolsonaro ainda é um político forte que arrasta multidões pelo país. No entanto, ele próprio deve saber que uma eleição não é nunca como a outra.

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