Advogados e familiares dos mais de 200 presos, acusados pelos atos de 8 de janeiro, afirmaram haver violações de direitos humanos aos acusados e apontaram ainda “absurdos e aberrações jurídicas” nos processos a que os detidos respondem na Justiça.
A situação dos presos no Complexo Penitenciário da Papuda e na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, foi debatida em audiência pública realizada pela Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado na última quinta-feira (13).
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No debate, proposto pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), participaram advogados e familiares dos presos.
O senador expressou solidariedade aos participantes da audiência pública e disse que os manifestantes passam por situações “vexatórias” nas prisões.
A presidente da Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de janeiro, Gabriela Fernanda Ritter, cujo pai está entre os detidos, apontou o que considera a prática de torturas, castigos e métodos tendentes a anular a personalidade dos manifestantes, assim como a gravidade de medidas cautelares aplicadas a alguns detidos, como o uso de tornozeleira eletrônica.
Ela também exibiu vídeos, laudos e perícias forenses como forma de comprovar as irregularidades praticadas contra os manifestantes detidos, que incluem mães com filhos menores, idosos com comorbidades e até animais de estimação que acompanhavam seus tutores na manifestação de 8 de janeiro.