Depois de ser abandonado por partidos considerados médios como o PDT, PSD e Rede, o governador Rodrigo Rollemberg criou uma central de distribuição de cargos (CDC) com o objetivo de pelo menos atrair alguns partidos nanicos, cujos dirigentes estão dispostos a alugar suas siglas em troca de um lugarzinho no governo. O que importa para Rollemberg é mostrar que não está sozinho
Por Toni Duarte
A aliança que está sendo construída pelo governador de Brasília, visando as eleições de 2018, não passa de uma salada de siglas tão nanica quanto o tamanho dos partidos considerados de “aluguel” aos quais ele tende se agarrar para mostrar que não está morto na sua fracassada caminhada a reeleição.
Depois da saída do PSD, PDT e Rede e a provável saída do PRB começa a sobrar cargos avontade para o governador abrigar os pequenos partidos sem tempo de TV, até mesmo aqueles que ainda estão por nascer, a exemplo do Partido Republicano Cristão (PRC), de propriedade do deputado federal Ronaldo Fonseca, por hora no Pros.
Fonseca que lidera uma pequena fatia dos evangélicos já tem lugar garantido no governo, desde a semana passada, quando emplacou uma correligionária na Administração Regional de Taguatinga e outro como adjunto na Secretaria do Trabalho, pasta que pertenceu ao PDT.
A nanicada faz fila na porta do Buriti. Há quem diga que o Avante, PHS e PMB já foram sondados e o governo espera apenas a decisão de seus dirigentes.
O governo que afunda na rejeição popular quer levar para a mesma vala os aliados nanicos cujos dirigentes não estão nem um pouco preocupado com o futuro de suas legendas, que certamente não cumprirão a regra da reforma eleitoral, que exige que os partidos atinjam um alcance específico de votos ou emplacar nove candidatos eleitos na Câmara dos Deputados.
A tendência dos partidos de aluguel e a vida política do governador Rodrigo Rollemberg é virar pó logo após as eleições de 2018.