Uma fonte da Polícia Civil assegurou ao Radar que os servidores da Câmara Legislativa, Alexandre Braga Cerqueira e Sandro Vieira, ligados aos deputados distritais Bispo Renato (PR) e Celina Leão (PPS), respectivamente, já dão sinais de que desejam colaborar com as investigações.
gentes da polícia civil, Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, com apoio de seu órgão de investigação o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriram na manhã dessa segunda-feira, 17, mandados de busca e condução coercitivas no âmbito da Operação Drácon, que apura suposto esquema de corrupção na Câmara Legislativa.
Os alvos dessa nova fase foram os servidores da Câmara Legislativa Alexandre Braga Cerqueira e Sandro Vieira, ligados aos deputados distritais Bispo Renato (PR) e Celina Leão (PPS), respectivamente.
Segundo o MP, eles foram flagrados pelas câmeras de segurança da Câmara carregando documentos antes da primeira fase da Operação Drácon, que apura desvios de verbas para pagamento de propina. As diligências foram autorizadas pelo relator do caso, o desembargador José Divino.
Alexandre Braga Cerqueira, que foi exonerado no início das investigações, era responsável pelos contratos e pagamentos da Câmara. Em depoimento ao MP, o empresário Afonso Assad, presidente da Associação Brasiliense de Construtores, afirmou que o servidor exigia pagamento de propina em troca de assinatura de contrato público.
Já Sandro Vieira é suspeito de ocultar informações do gabinete da presidente afastada, Celina Leão, na véspera da primeira fase da operação. O assessor parlamentar foi exonerado do cargo de secretário legislativo e nomeado dias depois no cargo especial de gabinete da presidente afastada. Com isso, o salário dele caiu de R$ 11,9 mil para R$ 6,6 mil.
Os principais alvos de investigação da Operação Dracon são os membros afastados da Mesa Diretora: Celina Leão (PPS), o primeiro-secretário, Raimundo Ribeiro (PPS), o segundo, Júlio César (PRB), e o terceiro, Bispo Renato Andrade (PR). Também foi alvo da investigação o deputado Cristiano Araújo (PSD), suspeito de articular o esquema de recebimento de propina. Todos negam envolvimento com irregularidades.
Mesmo a Polícia Legislativa afirmando que computadores não havia sido retirados do prédio da Câmara, a investigação constatou movimentações. suspeita. “Alguém que se sente na audácia de subtrair provas está sujeito a ser preso”, afirmou então o promotor Clayton Germano, à frente das investigações, que não entrou mais em detalhes para não atrapalhar nas investigações.
Novas informações sobre esse assunto serão publicadas no decorrer do dia.
Da Redação Radar
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