A CPI da Saúde quer ouvir o médico e empresário Mouhamad Moustafa, preso pela Polícia Federal na Operação Maus Caminhos. O presidente da comissão, deputado Wellington Luiz (foto), não marcou data para ouvir o empresário amigo do governador de Brasilia .
cusado de liderar um esquema criminoso que teria desviado recursos públicos da saúde amazonense, ele planejava trazer suas organizações sociais (OSs) para gerir unidades hospitalares no DF. Dono de aviões e carros de luxo, ele investiu pesado na campanha do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) em 2014, quando três de suas entidades doaram um total de R$ 600 mil à corrida eleitoral do socialista.
A convocação do empresário foi aprovada pela comissão nesta quinta-feira, 29, na Câmara Legislativa. A data ainda não foi confirmada, já que depende do futuro da situação de Moustafa, que está preso. “O empresário entrou na nossa mira pois contribuiu para a campanha do governador e mostra intimidade no governo. Ele precisa responder se ele tinha alguma expectativa de receber algo em troca”, explicou o deputado Wasny de Roure (PT), integrante da CPI.
Na reunião desta quinta, os deputados distritais ouviram o ex-coordenador do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) Rodrigo Caselli. Ele foi se explicar sobre acusações de teria autorizado a reforma e compra de material para o Samu sem prévia autorização legal, beneficiando empresas.
Caselli explicou que a obra foi feita pela imobiliária dona do prédio e que estava prevista em contrato. Sobre o conserto de ambulâncias acidentadas, sem a devida perícia, o ex-coordenador afirmou que há um entendimento que os carros devem voltar a circular o quanto antes, para não prejudicar o atendimento à população.
Segundo o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Saúde (Sindate), João Cardoso, em depoimento à CPI em junho, Caselli teria enriquecido ilicitamente enquanto estava à frente do Samu. O depoente disse que essa denúncia já havia sido levada por outra pessoa ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e não era nova. Ele afirmou que o próprio MP não encontrou consistência na história.
Postado por Radar/com informaçoes Metrópoles
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