O simples discurso de alguém que garanta ser candidato a um projeto político, seja ele majoritário ou proporcional, deve ser levado com muita desconfiança pelos aliados nestes quatro dias que faltam para esgotar o prazo para troca de partidos. Até sábado (07), haverá desistência de muitas pré-candidaturas por causa das trapaças e trairagens. Tudo pode acontecer no jogo bruto pelo poder
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Há quem afirme dentro do próprio PROS, atual partido do senador Hélio José, que ele deva desistir da pré-candidatura a deputado federal, como vinha anunciando, para concorrer a distrital.
O senador que chegou ao Congresso Nacional, como suplente em 2015, para ocupar os quatro anos de mandato deixado por Rodrigo Rollemberg, por ter sido eleito governador do DF, montou uma nominata própria com 48 candidatos a deputado distrital testados pelas urnas, visando a sua eleição tranquila para a Câmara Federal.
No entanto, o rumo do projeto estaria tomando outra configuração com a chegada da ex-deputada distrital Eliana Pedrosa no PROS, para disputar uma vaga na chapa majoritário do grupo das “Madalenas Arrependidas”.
Na conversa ocorrida entre a ex-distrital e Eurípedes Júnior, Presidente do PROS, ficou acertado também, que Pedrosa poderia ter a opção de sair candidata a deputada federal, já que vem pontuando melhor nas pesquisas de intenção de voto que Hélio José, na visão do dirigente partidário.
Outro nome que chega no PROS também para dividir mais ainda o espaço é Joaquim Roriz Neto que obteve 29.481 votos na eleição de 2014. Joaquim, neto do ex-governador Roriz também tem a opção de sair a distrital, conforme acordo feito pelo próprio Eurípedes Junior, dirigente do PROS.
Apesar do cenário, no entanto há quem diga que Hélio José, não abrirá mão da sua pré-candidatura a deputado federal.
“Prefiro acreditar que isso jamais possa ocorrer. Posso assegurar que o senador Hélio José não sairá candidato a distrital. Ninguém investiria tanto em um projeto a deputado federal, para depois mudar tudo e dizer que é candidato a distrital. Seria uma loucura”, comentou o Guarda Jânio, candidato a distrital ligado ao grupo do senador.
DÚVIDA TUCANA
No PSDB um quadro de incerteza aumentou ainda mais para quem iria disputar pelo partido após o desligamento de Maria de Lourdes Abadia, da legenda ao se mudar de malas e cuias para o PSB para ser a vice de Rollemberg.
Uma voz corrente anuncia que a ida de Abadia para o partido de Rollemberg foi incentivada pelo próprio presidenciável Geraldo Alckmin, dono do PSDB nacional para atender as pressões feitas pelo seu vice Márcio França (PSB) que assume o comando do Palácio dos Bandeirantes nesta sexta-feira (06).
A dúvida está no ar se realmente Izalci será candidato a governador ou se no frigir dos ovos ele sairá como deputado federal com o PSDB nos braços de Rollemberg.
Quem estava disposto a lutar por uma das oito vagas da Câmara Federal pelo PSDB terá duas alternativas a seguir até o próximo dia sete de abril. Ou servirá de escada ou desiste da pré-candidatura.
