O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Joe Valle, disse que os recursos economizados com o fim da verba indenizatória, utilizada pelos 24 deputados distritais, terão que ser usados pelo Executivo na área da saúde e da educação. “Essa é a nossa exigência”, disse Valle.
Por Toni Duarte
Na abertura dos trabalhos legislativos, ocorrido na última quinta-feira (01/02), foi lido o projeto de resolução da mesa-diretora da Câmara Legislativa que extingue a verba indenizatória usada pelos distritais, medida que vai ao encontro do que exige a sociedade. A proposta será levada em votação na primeira semana do mês de março.
A economia anual de R$ 7,3 milhões aos cofres públicos, segundo Valle, deverá ser investida na área da saúde e da educação, principalmente na construção de mais creches, apelo feito pela população ouvida pelo programa “Câmara em Movimento”, que passou em 2017 pelas regiões administrativas da Estrutural, Vicente Pires, Taguatinga, Itapoã, Jardim Botânico, São Sebastião e Paranoá.
Para Joe Valle, os gastos como verbas indenizatórias não se justificam no DF, cujo território pode ser percorrido de um lado a outro em menos de 1 hora e meia, além de que o momento que o país atravessa, a sociedade está a exigir o fim dos privilégios tanto no Poder Legislativo como no Executivo e no Judiciário.
“Tem alguns que dizem por aí que esse corte de sete milhões não é significante. Penso que sete milhões é muito dinheiro para ser economizado, além de ser um ato simbólico por representar corte de privilégios”, apontou.
Dos 24 distritais, já abriram mão desses recursos: Agaciel Maia (PR), Celina Leão (PPS), Chico Leite (Rede), Reginaldo Veras (PDT) e o próprio Joe Valle.
“A discussão foi colocada e a proposta de extinção da verba indenizatória se transformará em realidade no próximo mês, quando será levada para a votação em plenário . Tenho absoluta certeza que por unanimidade os deputados irão corresponder com o sentimento popular”, prevê Joe Valle.
O deputado afirmou que a Câmara Legislativa é uma casa aberta por onde passaram 60 mil pessoas no ano passado e deve aumentar esse número neste ano de 2018
“Trouxemos as cidades para dentro da Câmara como diretriz da gestão e levamos o parlamento para junto da população como é o Câmara em Movimento. No momento a população reclama pelo fim dos privilégios, sejam de membros do Executivo e Legislativo, membros do Judiciário e dos órgãos de controles. Nós resolvemos dar um passo nessa direção”, afirmou.