O vice-líder do governo no Senado Izalci Lucas (PSDB-DF), disse que o governo, até agora, não cumpriu o acordo alinhado com ele, voltado para as reparações a segmentos que se sentem injustiçados, pela lei de restruturação da carreira militar, aprovada em dezembro do ano passado. As patentes menores como a de sargentos, cabos e soldados das Forças Armadas sofrerão com as perdas salariais provocadas pelo aumento das alíquotas previdenciárias.
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O senador Izalci Lucas ao ser entrevistado pela sala de imprensa da Associação de Blogueiros de Política do Distrito Federal e do Entorno (ABBP), nesta manhã de quinta-feira(28/05), afirmou que o governo não pode continuar ignorando o sentimento de insatisfação que permeia no meio das praças do Exército, Marinha e da Aeronáutica.
O senador disse ao Radar-DF que as tropas se sentem injustiçadas pela restruturação da carreira militar, aprovada no ano passado pelo Congresso, e que o governo deixou de cumprir um acordo que visa corrigir as distorções que diminuiria o impacto causado em cima das carreiras de baixas patentes.
“Acordo não se discute, se cumpre. Falei isso ao General Braga Neto, chefe da Casa Civil e ao ministro da Secretaria de Governo, General Luiz Eduardo Ramos’, afirmou Izalci ao responder a uma pergunta feita por militares, que acompanhavam a entrevista do senador transmitida on-line pelo facebook.
O senador acrescentou ao Radar-DF que havia apresentado duas emendas no bojo do projeto da restruturação dos militares as quais contemplavam as praças das Forças Armadas quando ainda estava sob análise da Câmara dos Deputados em 2018.
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“Na época, como deputado federal, fiz parte de uma subcomissão dentro da Comissão de Defesa Nacional, com o objetivo de acompanhar essa questão já que os militares não podem ter sindicato. Em 2019, como senador e vice-líder do governo, me pediram para retirar as emendas com o compromisso de criar em janeiro desse ano uma comissão, a qual participaria, para poder corrigir as distorções na lei de restruturação das forças armadas. Isso até agora não aconteceu”, disse o senador.
Para Izalci Lucas, o governo não pode deixar de cumprir a palavra empenhada. Como é que vou fazer um acordo em uma votação de um projeto se os deputados e senadores não confiam na palavra do líder do governo? As forças armadas criaram uma comissão para discutir o tema. Enviei para o general Fernando Azevedo, ministro da Defesa várias sugestões, inclusive as propostas que recebia das associações. Estou aguado do Executivo”.
Por fim, o senador disse não ter adjetivos para definir o sentimento dos mais de 70% do contingente das Forças Armadas, compostos pelas praças (terceiro sargentos, cabos e soldados), que, na prática, sofrerão com as perdas salariais, vendo seus soldos diminuírem em 1,56% com o aumento nas alíquotas previdenciárias.
“Sem cumprimento do acordo, restam às tropas se mobilizarem”, disse o senador