Na 28ª sabatina da Associação Brasiliense de Blogueiros de Política, ocorrida nesta segunda-feira (13), na Associação Comercial do Distrito Federal, Ibaneis Rocha deixou claro que é candidato a governador do DF. Ele criticou o governo Rollemberg e disse que o PMDB, o seu partido, tem pressa para compor uma chapa majoritária capaz de vencer as eleições do próximo ano
Por Toni Duarte
Com carta branca para falar como pretenso candidato a governador do DF, o advogado Ibaneis Rocha disse que o seu partido, o PMDB, manterá o pacto feito com os demais partidos de marcharem unidos em torno de quem estiver melhor avaliado pelas pesquisas e defendeu que é preciso definir um nome a mais rápido possível. O ex-presidente da OAB-DF esclareceu que a inclusão do seu nome na agenda política do DF é totalmente partidária e a favor da sociedade.
“Não discuto pacto porque não participei dele. Mas, a partir do momento que o presidente do meu partido, o ex-governador Tadeu Filippelli, me convidou, o PMDB mostra que tem um nome qualificado para disputar a eleição como candidato a governador”, explicou Ibaneis.
Ele disse que o PMDB tem a legitimidade de formar internamente um quadro competitivo para disputar a eleição majoritária do próximo ano assim como todos os outros partidos tem a mesma prerrogativa.
Ele deu exemplo que o PR (Partido Republicano) sempre apresentou o médico Jofrat Frejat como candidato a governador em 2018.
“Frejat disputou o a eleição passada pelo PR, o seu nome está bem avaliado, mas isso não quer dizer que o partido dele, na hora H, não possa oferecer outro nome”, e deu exemplo:
“Se o ex-governador Arruda se livrar de todos os processos, o que impede ele, como um dos lideres do PR, de pleitear a inclusão do seu nome para disputar o governo do Distrito Federal? Isso seria tratado como uma substituição ou como um ajuste interno dentro do seu partido?”, indagou.
Ibaneis esclareceu que a inclusão do nome dele na agenda política do DF “foi uma decisão totalmente partidária de interesse do PMDB e a favor de Brasília”. Afirmou também que o PMDB não está quebrando nenhum acordo e respeita as decisões internas de cada partido que formaram a aliança para vencer as eleições.
Apesar de se classificar como o “novo”, no entanto o advogado carrega o conceito de que na política ninguém pode ignorar o sentimento da sociedade que não aceita mais os discursos ilusórios como os que foram feitos por Rodrigo Rollemberg em suas “rodas de conversas” na campanha de 2014.
“Em São Paulo, o Doria que ninguém conhecia, que iniciou com 2% nas pesquisas, ganhou a eleição municipal no ano passado, em primeiro turno, por fazer uma campanha conectada com o que pensava a sociedade e não conforme o seu próprio umbigo,”lembrou.
Na concepção de Ibaneis o tipo de perfil que a sociedade estar a exigir no momento para dirigir os destinos de Brasília é tão importante quanto o percentual de votos de um pretenso candidato revelada por qualquer pesquisa.
“Penso que as pesquisas feitas doravante, em torno dos nomes dos pretensos candidatos a governador do DF, terão que agregar isso. Na minha sensata opinião, Frejat se enquadra ao perfil que a sociedade exige por ser um homem probo, um bom gestor, que é da política, mas não é corrupto”.
O ex-presidente da OAB-DF afirmou quer não está entrando na política para perder como candidato a governador ou como candidato a qualquer outro cargo de uma chapa majoritária que o seu partido vier compor.
“Quero saber quem dentro desse grupo, e me incluo, possui as melhores condições qualitativa e quantitativa para vencer as eleições. Na minha visão só existe um inimigo: aquele que está fazendo mal a sociedade brasiliense”, disse ele se referindo a Rollemberg.