Depois de questionar e fazer campanha contra a indicação da Coronel Sheyla Sampaio para o Comando Geral da Policia Militar do Distrito Federal, o subtenente e deputado distrital eleito João Hermeto (PHS), estaria pressionando, por meio de prepostos, o governo de transição de Ibaneis Rocha para controlar as Administrações Regionais do Park Way, Candangolândia e do Núcleo Bandeirante
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Desde que foi anunciado como deputado distrital, a assessoria e o futuro parlamentar têm colocado os pés pelas mãos articulando nos bastidores para conquistar espaço no governo.
O último movimento da turma de João Hermeto foi para exigir, em nome do futuro deputado, três administrações regionais que juntas somam mais de 150 cargos de livre provimento.
Hermeto estaria reivindicando as regionais da Candangolândia, onde o deputado mora e faz política, além da Administração Regional do Núcleo Bandeirante e a do Park Way.
Durante o governo Rollemberg as referidas administrações regionais foram unificadas e entregues ao agora deputado eleito Roosevelt Villela (PSB) com quem Joao Hermeto trava uma disputa fratricida por causa do espaço.
O anúncio feito em um grupo de whatsapp, por um assessor de confiança de Hermeto de que o governador Ibaneis já teria confirmado que as três administrações ficariam sobre o controle do deputado terminou causando um grande problema à equipe de transição e ao próprio governador. No Núcleo Bandeirante já tem até um administrador indicado por Hermeto. O nome dele é Adalberto.
Cerca de 10 deputados, eleitos e reeleitos também começaram a exigir cada um o seu feudo.
Teve deputado que chegou a ameaçar em não votar a favor da aprovação da LUOS (Lei de Uso e Ocupação do Solo) que será submetida a plenário no dia 11 de dezembro.
O governo de transição passou o dia de ontem explicando aos deputados e a partidos políticos que o tema “Administrações Regionais” ainda não está em discussão e que o governador Ibaneis Rocha vai tratar do assunto pessoalmente após a segunda quinzena de dezembro.
Não é a primeira vez que o projeto de poder de João Hermeto produz constrangimentos e saia justa ao futuro governo.
Por ser limitar da PMDF, o futuro deputado distrital tem uma assessoria formada por PMs.
Antes mesmo da eleição do segundo turno, que deu a vitória a Ibaneis Rocha, como governador eleito do Distrito Federal, o grupo já estava fazendo campanha para indicar o novo comandante geral da Policia Militar, ignorando que essa é uma prerrogativa intransferível e pessoal do governador, como comandante em-chefe de todas as forças auxiliares do Estado.
Ibaneis teve que agir rápido e escolheu para comandar a PMDF, a Coronel Sheyla Sampaio que passou a ser alvo de críticas e discriminação nas redes sociais por ser a primeira mulher a comandar uma Instituição Militar no país.
Procurado pelo Radar o deputado eleito João Hermeto disse que nenhum assessor seu está autorizado a falar em seu nome para fazer qualquer tipo de reivindicação, pedir ou articulação dentro do governo de transição.
“O deputado eleito sou eu não vou permitir que qualquer integrante da minha equipe peça alguma coisa em meu nome. Não preciso de porta-voz e de nenhum boca-aberta”, disse o distrital.
Hermeto afirmou que ver de forma “natural” a possibilidade de ter o controle de pelo menos duas das três administrações de sua região (Candangolândia e Núcleo Bandeirante) por ter sido o deputado mais votado nas duas cidades na última eleição.
“Mas quem vai decidir isso é o governador Ibaneis Rocha”, afirmou.
Quanto a nomeação da Comandante Geral da Policia Militar, Sheyla Sampaio, segundo ele, já é uma situação pacificada por ser uma escolha pessoal do governador.
Que Deus dê muita sorte a ela e que faça uma boa gestão. Como deputado e defensor da Policia Militar estarei a partir de janeiro na tribuna da Câmara Legislativa para aplaudir ou criticar a gestão da futura comandante”, disse.
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