Um esquema especial de segurança para o governador Rodrigo Rollemberg, está sendo montado diretamente pela Casa Militar e Casa Civil com o objetivo de blindar o chefe do Executivo das eventuais ovadas ou constrangimentos como ocorreu no sábado passado durante o aniversário de Ceilândia. O governador exige prisão imediata de quem atirar ovos nele ou contra a sua comitiva: é a ordem!
Por Toni Duarte//RADAR-DF
As chuvas de ovos atiradas contra o governador e pré-candidato a reeleição Rodrigo Rollemberg, revelam o grau de insatisfação que setores da população do DF, nutrem contra um governo que não cuidou da saúde, da educação e da segurança pública, cujas consequências são sentidas pelos que mais precisam do Estado.
Com quase 500 mil habitantes, Ceilândia seria, segundo dados do IBGE, a 43ª cidade mais populosa do país. É lá que o governador Rollemberg possui o maior índice de rejeição popular, conforme apontam pesquisas de opinião.
Em novembro do ano passado, o governador foi vaiado durante evento em um shopping da cidade ao discursar para centenas de pessoas, afirmando que os moradores eram os principais beneficiados com a geração de empregos.
Com um governo impopular e com uma rejeição que atinge 82%, o governador Rodrigo Rollemberg tem buscado mecanismo capazes de protegê-lo das prováveis chuvas de ovos e de vaias que pode receber em suas andanças pelo DF.
As chamadas “rodas de conversas”, realizadas pelo socialista na campanha de 2014, estão fora de cogitação na caminhada de reeleição de 2018. Vaias e ovos podem surgir do nada.
Pelo acontecimento do último sábado, o chefe do Executivo local exigiu atenção redobrada do Comandante-Geral da PM, Coronel Nunes, e do Chefe da Casa Militar, Coronel Márcio Pereira da Silva.
O governador vai contar a partir de agora com um maior efetivo de segurança durante as suas aparições públicas.
Os chamados “P2” da PM ( militares que se apresentam apaisana ), serão infiltrados no meio do povo para detectar grupos que possam constranger Rollemberg.
Haverá também sempre a disposição do pré-candidato a reeleição um grupo de quatro delegados da Polícia Civil, prontos para agirem no caso de atuação em flagrantes.
Por sua vez , o PSB , partido do governador, fez uma exigência a todos os secretários do governo e administradores das cidades que pressionem e obriguem os funcionários comissionados a terem uma maior participação nos eventos políticos de Rollemberg. A recusa pode levar a perda do emprego.
Os comissionados terão o importante papel de aplaudir Rollemberg, durante os eventos de fim de semana nas cidades, fato que já vem ocorrendo desde o início do ano passado.
Em meio a tudo isso, também surgirão grupos organizados compostos por militantes e agentes de segurança para confiscar câmeras fotográficas celulares daqueles que possam registrar ato de constrangimento sofrido pelo governador ou vice-versa.
Foi o que aconteceu com um repórter do Diário de Ceilândia que publica notícias sobre a cidade. Ele fazia a cobertura do evento e filmou a ovada arremessada contra o governador.
Segundo postagem publicada pelo periódico, policiais “cercaram o profissional de imprensa, confiscaram o celular onde foram gravadas as imagens. Ele foi constrangido, acuado e conduzido à 23ª Delegacia de Polícia”.
O declarado uso da máquina pública e o poder do Estado contra quem fala mau do governo e do governador será a arma dos que tentam se manter no poder a todo custo.
No entanto, dificilmente Rodrigo Rollemberg, diminuirá o alto índice de rejeição popular neste período de quatro meses para o inicio do processo eleitoral aberto e muito menos poderá evitar que o eleitor brasiliense o derrote nas urnas logo no primeiro turno das eleições.
Quanto as vaias e ovadas contra quem pratica o estelionato político, como Rodrigo Rollemberg, viraram a grande onda popular nas eleições desse ano. Lula que o diga.