O almoço regado a afagos na casa de Eliana Pedrosa não foi o bastante para convencer Jofran Frejat (PR), pretenso candidato a governador do DF no próximo ano, a ingressar de malas e cuias no PDT. Um dia antes do encontro, Frejat comunicou ao grupo político que faz parte que estava sendo “cantado” pelas esquerdas, mas que se manteria a direita rumo ao Buriti
Por Toni Duarte
O almoço oferecido ao médico e ex-candidato a governador em 2014, Jofran Frejat (PR), pela ex-deputada distrital Eliana Pedrosa, em sua casa no Lago Sul, na quarta-feira 04, para convencê-lo a ingressar no PDT, terminou causando reações diversas contra a própria Pedrosa pelo grupo formado pelo DEM, PTB, PMDB, PP, PSDB.
Frejat degustou o filé ao molho madeira, tomou uma taça de vinho, mas permaneceu com a posição firme diante da oferta indigesta. Como é do seu feitio, o médico de 80 anos, probo e ficha limpa, havia comunicado ao seu grupo político do convite feito por Eliana para um almoço com os dirigentes pedetistas, dois dias antes em um encontro que teve a participação de Fraga, Izalci, Alírio e Filippelli.
A ex-distrital, era considerada uma das figuras de proa do chamado grupo de direita e centro direita que se articula desde dezembro do ano passado com o objetivo de construir uma chapa majoritária de primeira grandeza para destronar Rodrigo Rollemberg do Buriti em 2018 e extirpar os esquerdistas do poder político de Brasília.
O convite de Pedrosa que levou Jofran Frejat para a mesa de almoço com a alta cúpula do PDT-DF, cujo prato principal foi o que oferecia o partido para ele concorrer ao Palácio do Buriti nas próximas eleições terminou causando um mal-estar no meio do grupo que viu no gesto de Eliana Pedrosa como um ato de traição, embora não tenha surtido o efeito esperado.
Jofran tomou a seguinte posição: “Estou em um partido, o PR, onde tenho o apoio total de Valdemar da Costa Neto, presidente nacional da legenda. Não posso sair de um partido onde me sinto bem”.
Ao Radar, Frejat disse ainda que é natural que os partidos, de uma maneira geral, entrem na corrida para se recompor neste momento em que falta pouco mais de 1 ano para a campanha eleitoral.
O que diz o experiente Frejat é uma verdade. O PT, por exemplo, historicamente sempre teve candidatos a governador até chegar ao poder (2010/2014) com Agnelo Queiroz. No entanto, a legenda agoniza diante do desgaste eleitoral produzido por uma gestão desastrosa e encontra dificuldades para ter um nome, com musculatura política, capaz de conquistar o Buriti.
A deputada federal Erika Kokay, presidente do PT-DF, vai para a reeleição e Geraldo Magela vai como candidato a deputado federal. O partido segue sem um nome definido para governador, embora nutri a esperança de que o ex-ministro e ex-deputado por quatro legislaturas por São Paulo, Ricardo Berzoini, resolva disputar o Buriti.
Em conversa com o Radar na quinta-feira (05), um deputado distrital petista confidenciou que há uma corrente que defende uma articulação para tentar trazer para dentro do PT, ou mesmo fazer uma composição, com nomes como o de Jofran Frejat, Izalci Lucas ou até mesmo Alírio Neto. “O único que não dar para fazer qualquer tipo de alinhamento é com o Fraga”, disse ele.
Consultado por Radar, Fraga disse: graças a Deus que esses petistas pensam assim de mim! ”
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