A mega coalizão formada por onze dos maiores partidos do DF (DEM, MDB, PSD, PPS, PP, PSDB, PRB, AVANTE, PHS, DC e PSC ), rachou em três bandas nesta quarta-feira(25/07), após a entrada de Arruda na grande área. A divisão que sacudiu cacos pra todos os lados, pode contribuir com a vitória de Rodrigo Rollemberg ou de Eliana Pedrosa nas eleições de outubro desse ano
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Quem acreditou que pudesse sair um entendimento entre os caciques dos onze partidos, há dois dias, reunidos na busca de um consenso para a construção de uma chapa majoritária, capaz de vencer as eleições desse ano, perdeu de vez as esperanças.
A tal coalizão partidária, criada para tapar o buraco político produzido pela inesperada renúncia de Frejat (PR), que desistiu da disputa ao governo do Distrito Federal, também foi para o espaço na tarde de ontem. O motivo, mais uma vez, foi José Roberto Arruda, o “careca do cerrado”.
Mais uma vez ele entrou para dividir. Soprou, pela segunda vez, aos ouvidos do iludido Izalci Lucas (PSDB), que o tucano teria a sua ajuda e do PR para ser o futuro governador de Brasília. Fez a mesma proposta, também, pela segunda vez, ao enfeitiçado deputado federal Alberto Fraga, presidente do DEM, que até agora não sabe o que quer.
Com a saída do PSDB e DEM que preferiram seguir hipnotizados pela lábia de Arruda, o presidente do MDB, Tadeu Filippelli, resolveu lançar a pré-candidatura do advogado viajante Ibaneis Rocha. Ibaneis é outro indeciso que não sabe se fica no Brasil ou em Lisboa.
Junto com o MDB estaria o PP e o Avante.
O Radar apurou que o Avante está tendente a pular a cerca para ficar aos beijos e abraços com Rollemberg, tido pelo povo como o pior governador da história de Brasília.
Paco Brito e Lucas Kantoanys, dirigentes do Avante, tem encontro marcado hoje com o governador.
Vão tomar um café e amarrar os bigodes, sem combinar com quem tem os votos, no caso, os pré-candidatos da legenda já testados pelas urnas.
Com o racha do quase construído blocão partidário, o deputado roqueiro Rogério Rosso (PSD), e o senador Gargamel Cristovam Buarque (PPS), mantiveram a coligação na sua configuração inicial que forma as “madalenas arrependidas”.
O próprio presidente do PSD seria o candidato a governador e o PRB indicaria o vice.
No entanto, a fome de poder político de Arruda não para por aí. Ele teria entabulado um acordo com Eliana Pedrosa (Pros) e Alírio Neto (PTB) de quem chegar no segundo turno um ajudaria o outro ou vice e versa.
Arruda acredita que mesmo de forma subterrânea pode continuar mamando no erário e mandando nos votos do eleitorado brasileiense.
Como se ver, todo mundo pensando em si próprio e o povo se lasque bancando a conta. As eleições dos infernos está apenas começando. Deus salve Brasília de todo o mal, amém!