O próximo governador do Distrito Federal não precisa esperar o dia 1º de janeiro de 2019, para dizer à população que recebeu uma “herança maldita”, do mesmo jeito que disse o então governador eleito, Rodrigo Rollemberg, ao anunciar que assumia o DF com um rombo de R$ 6,5 bilhões, herdados da gestão Agnelo. Desta vez, a herança maldita de Rollemberg será bem pior
*Por Carlos Alberto Araújo de Souza
A massacrada sociedade de Brasília não aguenta mais pagar o pato por desastrosas gestões como as duas últimas, comandadas pelo ex-governador Agnelo Queiroz e pelo atual governador Rodrigo Rollemberg. Os pretensos candidatos ao Buriti se quiserem respeito popular não podem enveredar pelo caminho da mentira e da enganação.
Nestes quase oito anos de desgovernos a sociedade brasiliense foi empurrada para o fundo do abismo sem dó e sem piedade por Rodrigo Rollemberg, um estelionatário político que não merece continuar no poder.
Sem projetos e sem equipe para governar, Rollemberg desmontou o sistema de saúde para entregar a grupos privados e degradou a segurança pública tornando Brasília na capital dos assaltos, do roubos e dos estupros, conforme dados do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal.
Rollemberg usou o discurso do “sem dinheiro” para aumentar de forma escorchante os impostos sem dar, até hoje, nada em troca a uma sociedade que não ver melhorias na educação, na saúde, no trabalho, na moradia, na segurança, na previdência social, na proteção à maternidade e na infância e na assistência aos desamparados.
Continua faltando dinheiro para os hospitais, a exemplo do que ocorre no HARAN, onde os seus pacientes vivem sobre o lixo amontoado por falta de pagamento às empresas que prestam serviços de limpeza.
No entanto, o governador torra milhões de reais na sua camuflada campanha antecipada na tentativa de se reeleger por mais quatro anos. Usa comissionados do GDF, no final de semana, para bater palmas nas suas “rodas de mentiras”.
No ano passado (2016), Rollemberg retirou dos cofres públicos cerca de R$ 87,7 milhões para empregar em veículos de comunicação e produtoras de TV para produzirem campanhas midiáticas sobre o seu “governo de faz de conta” que só existe nas peças publicitárias pagas com o dinheiro do povo.
Este ano (2017), o governo Rollemberg vai torrar R$ 140 milhões em propaganda na mídia para mentir que temos hospitais eficientes; que a segurança vai muito bem obrigada; que está promovendo a regularização fundiária; que está fazendo obras e que não está faltando nada a população.
Como se verifica, o dinheiro que pertence ao cidadão está sendo usado para fazer o marketing político de um imprestável governo que não governa desde 1º de janeiro de 2015, mesmo assim Rollemberg quer a reeleição.
O povo brasiliense está cansado de ser enganado e não é besta como a maioria dos políticos carreiristas, pensa. A partir de agora as vaias contra o desgoverno vão ecoar como ocorreu em um shopping de Ceilândia nesta quanta feira (15).
Cidadãos ceilandenses fizeram explodir um sentimento de indignação, o mesmo que sente os quase três milhões de outros cidadãos do DF, contra um governador que mentiu para a sociedade e extorquiu a consciência do eleitorado brasiliense, prometendo o que não cumpriu.
* Carlos Alberto Araújo de Souza é advogado especializado em direito fundiário, direito civil, criminal e é pré-candidato a deputado distrital