A regra pode valer para a maioria dos distritais. Os deputados que brigam pelas Administrações Regionais das 34 regiões administrativas do DF, terão que deixar a CLDF e ser o próprio administrador. Pelo menos foi essa a condição dada pelo governador Ibaneis Rocha ao deputado distrital Fernando Fernandes que vai trocar a Câmara Legislativa pela importante cadeira de Administrador Regional da maior cidade do DF: Ceilândia
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Aos poucos, o jeito Ibaneis de governar vai aparecendo aos olhos da classe política do DF acostumada a transformar as Administrações Regionais em penduricalhos de seus gabinetes ou escritórios em seus respectivos currais eleitorais.
A moeda de troca negociada por inúmeros governos, ao que parece, terá que se adaptar ao novo estilo de governar que está sendo implantado pelo governador Ibaneis Rocha.
A decisão de promover o processo popular para a escolha dos administradores das 34 regiões administrativas do DF daqui a 90 dias, fez cair a ficha da maioria dos distritais diante do perigo que pode acontecer com a perda do espaço político para quem for melhor avaliado pela população a ocupar tal cargo.
Teria sido essa a leitura feita pelo deputado distrital Fernando Fernandes, eleito pela primeira vez com quase 30 mil votos, cuja maioria veio do maior colégio eleitoral do DF: a Ceilândia.
“ Ou você assume, ou eu mesmo indico”, teria dito Ibaneis ao parlamentar.
O governador já tinha prometido antes a mesma regional ao “líder da periferia” Goudim Carneiro.
O delegado deputado não pensou duas vezes para aceitar a proposta de ser ele mesmo o administrador.
A ida de Fernandes para a Administração, abriu a vaga para a suplente Telma Rufino (PROS) que permanecerá aonde está.
A regra que deu certo em Ceilândia pode ser aplicada para os muitos distritais que se engalfinham para ter poder de mando nas administrações.
O deputado Hermeto, que trabalha para emplacar um aliado seu na Administração Regional da Candangolândia pode ganhar a parada desde que seja ele próprio o administrador. Se vai topar é outra história.
Nesse ponto, o governador Ibaneis Rocha está sendo mais politico do que todos os seus antecessores que passaram pelo Buriti.
A “moeda de troca”, cunhada por Ibaneis, está deixando os distritais em uma posição de “pegar ou largar”.